Flordelis diz que fez sexo com marido no capô do carro antes do assassinato
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A primeira entrevista concedida após ter sido acusada de comandar a morte do marido, a deputada federal Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ) contou que fez sexo com o pastor Anderson do Carmo, no capô do carro, horas antes do crime. A entrevista foi concedida com exclusividade ao repórter, Roberto Cabrini, no Conexão Repórter, do SBT.
Durante a reportagem que foi realizada em dois dias, e em diferentes cenários, com mais de quatro horas de gravações, o programa retratou a trajetória de ascensão e o início da queda da mulher de 59 anos, que tem 55 filhos entre biológicos e adotados, e um império de igrejas construído ao lado do pastor Anderson do Carmo. A parlamentar acompanhou o repórter Roberto Cabrini ao local do crime, a casa da família em Niterói, reconstituindo os detalhes daquela noite, em 16 de junho do ano passado.
No último sábado (26), a polícia concluiu a segunda fase de investigações sobre o assassinato do pastor Anderson. Mas o destino dele e da esposa, Flordelis, na noite do crime, segue cercada de mistérios. Em seu depoimento, a deputada federal afirmou que estava no bairro Copacabana, mas os investigadores acreditam que ela tenha mentido. A maior suspeita até então é de que os dois tenham ido a uma casa de swing, onde há troca de casais, em Botafogo, zona zul do Rio de Janeiro.
Durante a entrevista ao Conexão Repórter, Flordelis negou veementemente a possibilidade e deu sua versão do que teria acontecido durante a noite.
Segundo Flordelis, no dia do assassinato, ela e Anderson chegaram em casa já de madrugada, em torno das 3h da manhã. A parlamentar contou que eles estavam passeando no calçadão de Copacabana e, no caminho de volta, fizeram uma parada em uma estrada deserta.
"Fomos à Copacabana, andamos no calçadão, fizemos as brincadeiras, andamos na praia. Depois fomos para o carro, ele pegou uma pista deserta, não sei dizer o local, só se eu for lá, talvez eu consiga, mas não prestei atenção no caminho. Eu sei que ele chegou em um lugar que tinha muitos carros parados, mas não tinha bar, nada disso", alegou.
Segundo a parlamentar, o casal estacionou o carro em uma rua deserta, onde teve relações sexuais, por volta das duas horas da manhã. "Nós paramos ali, namoramos, que era uma coisa normal nossa, na estrada. Me beijou bastante, eu sentei no capô do carro e tivemos relações. Falei "amor, amanhã a gente vai acordar cedo, né?". Isso foi por volta de 2h e alguma coisa" , contou, sugerindo então que fossem para casa.
No caminho de volta, Flordelis declarou ter avistado uma moto, que ora se aproximava, ora se afastava do carro dos pastores.
"Uma moto saiu de uma rua transversal, com dois rapazes - não sei se eram rapazes ou mulher, porque estava de casacos e capuz. De imediato, olhei pra mão deles pra ver se tinha alguma arma, não tinha nenhuma, então continuei jogando meu joguinho de celular", comentou, sobre o veículo que teria os seguidos pela Estrada da Cachoeira até o Largo da Batalha, em Niterói.
A polícia, entretanto, disse não ter encontrado a tal moto nas imagens de câmeras de segurança resgatadas para investigação do crime. "Eu tenho convicção do que eu vi, e do que eu falo. Eu não vou parar de falar isso, porque eu sei o que eu vi", frisou a deputada.
Anderson dirigia um Honda Accord, e não o carro blindado da família, que, segundo a investigação, tinha ficado com um filho por sugestão da pastora.
“Isso é mais uma mentira que estão falando a meu respeito. Foi o meu marido que ligou pro meu filho e pediu que levasse para ele o carro esportivo. Quem é que não sabe? Quem conhece meu marido sabe muito bem que ele adorava sair com o carro esportivo”, disse.
Flordelis negou que tenha adotado Anderson e que ele tenha sido seu genro antes de se casarem. Ela disse que ama o marido até hoje e que ele nunca a incomodou ou controlou sua vida. Perguntada sobre as mensagens que trocou com os filhos, sempre falando do pastor em tom pejorativo, ela afirma que não as escreveu.
“Isso não existe. Não existe ‘escandalizar o nome de Deus’. Se eu tivesse que me separar, eu me separaria. Eu jamais chamaria meu marido de traste. Essa mensagem não foi escrita por mim. Não sei. Eu quero que a Justiça descubra quem escreveu. Meu celular é tipo um celular comunitário em casa”, rebateu.
A parlamentar negou por várias vezes ter envolvimento na morte do marido e se disse vítima de uma injustiça. “Eu preciso saber quem matou meu marido. Eu não sei. Se eu soubesse, eu falaria aqui agora. Quem matou meu marido está desgraçando com minha vida. Eu não estou escondendo nada”, afirmou.
“Estou vivendo o pior momento da minha vida. Não estou preparada para ser presa, e não vou ser. Porque eu sou inocente, e a minha inocência será provada. Eu não matei, eu não fiz isso que estão me acusando. Eu não fiz. Não é real, não é verdade. É uma injustiça”, garantiu.
Assista a entrevista:
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