Família descobre que corpo não é de parente durante velório no ES
Vítima, supostamente, teria sido assassinada a tiros na tarde desta segunda-feira (9)
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Pode parecer roteiro de filme, mas não é. Na hora do velório, uma família de Piúma, no litoral Sul do Estado, descobriu que o corpo no caixão não era do familiar, que supostamente teria sido assassinado a tiros na tarde de segunda-feira (9).
Segundo os próprios familiares, o pescador Maciel Fernandes dos Santos, de 41 anos, residente no Buraco Quente, saiu para pescar na segunda-feira (9), sem avisar sua família. Na tarde do mesmo dia, um homem semelhante a ele, negro, alto e magro, foi assassinado a tiros na Avenida Abel Cetim, em um ponto frequentado por usuários de drogas.
Os boatos começaram a se espalhar no WhatsApp de que se tratava do pescador e a família soube do suposto acontecido. No local do crime, um dos sobrinhos de Maciel chegou a afirmar para a Polícia Militar que o tio era dependente químico.
Um irmão de Maciel reconheceu o corpo, porém, o morto estava de bruços e com a cabeça ensanguentada. A vítima foi atingida com tiros de pistola, os quais perfuraram os pulmões.
A Polícia Civil e os peritos removeram corpo para o Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim para a realização da necropsia. Nesta terça-feira (10), um dos irmãos de Maciel foi ao SML fazer a liberação do corpo e lá, segundo ele, pensou que era o corpo do pescador por trazer características semelhantes.
Enquanto o corpo era liberado, a família fazia uma campanha no Facebook para conseguir dinheiro para custear o tratamento do cadáver para que desse tempo de velar a noite toda desta terça-feira (10).
Quando o carro da funerária chegou com corpo na Igreja Assembleia de Deus do bairro Niterói, ao abrir o caixão, os familiares logo viram que não era o pescador Maciel. A funerária imediatamente retirou o corpo da igreja e o conduziu ao laboratório onde um sobrinho foi averiguar alguns detalhes, como uma cicatriz e marcas no corpo. No laboratório, o sobrinho, mesmo em dúvida, confirmou que se tratava do tio. O corpo voltou à igreja, onde estavam os familiares, e a mãe de 75 anos.
Uma jornalista presente no velório lembrou que um outro morador de Piúma, identificado como Claudemir Moreira, estava desaparecido e ligou para a enteada do sumido, que foi até a igreja e reconheceu o corpo do padrasto no caixão.
A funerária entrou em contato com a Polícia Civil, que ficou responsável em recolher o corpo de Claudemir ao SML de Cachoeiro de Itapemirim para realização de exame de DNA e posterior registro de óbito e, assim, liberar o corpo para o sepultamento.
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