Falsa advogada é autuada em Vila Velha por captação irregular de clientes
De forma irregular, a mulher estaria captando clientes de para fazer regularização imobiliária num condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida

Uma falsa advogada foi autuada nesta sexta-feira (3) no bairro Jabaeté, em Vila Velha, por atuar sem o registro profissional da Ordem, apesar de admitir ser bacharel em Direito. De forma irregular, a mulher estaria captando clientes para fazer regularização imobiliária em um condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida. Após intervenção da subseção da OAB em Vila Velha, com apoio da OAB-ES, que acionou a Guarda Municipal, a falsa advogada foi levada ao DPJ de Vila Velha, onde assinou termo circunstanciado e foi liberada.
"Fomos acionados pela assessoria jurídica de um condomínio informando que havia uma advogada captando clientes de forma irregular. Antes mesmo de chegar, acionamos a Guarda Municipal, que já estava lá nos aguardando para entrar. Ao chegarmos ao local, me identifiquei e pedi a habilitação profissional para a pessoa que estava sentada em uma mesa de plástico na área comum do condomínio e ela disse que a carteira OAB estava no hotel, mas que tinha mais de 15 anos de advocacia. Eu pedi então o nome completo e número de registro profissional, e ela disse que preferia manter a privacidade”, conta Larissa Jabor, presidente da OAB Vila Velha. Junto dela, atuaram as conselheiras da subseção Carolina Fração e Maria da Penha.
Após ser acionada, a Guarda Municipal conversou com a mulher em separado que admitiu não ser advogada mas que era bacharel em Direito. A mulher recebeu voz de prisão e foi encaminhada ao DPJ. “Ela já havia passado no condomínio vizinho recolhendo documentos de moradores. Os documentos que estavam com ela também foram apreendidos para investigação”, explica Larissa.
“Não admitiremos que pessoas se passem por advogados ou usurpem a nossa profissão. Atuaremos com energia e rigor no combate à captação irregular de clientes e ao exercício ilegal da advocacia, garantindo não apenas a dignidade da nossa classe, mas também a proteção social daqueles que dependem da advocacia legítima e ética para ver assegurados os seus direitos”, diz Larissa Jabor.
O presidente de comissão seccional, Pedro Camelo, foi enviado pela OAB-ES para acompanhar o caso e afirmou que a presença do Ordem neste caso é "fundamental para coibir o exercício ilegal da profissão, proteger a sociedade de práticas lesivas e assegurar o respeito à dignidade da advocacia".
A presidente da OAB-ES Érica Neves, que estava participando do Conselho Nacional de Presidentes Secccionais, monitorou o caso em tempo real. "A Ordem dos Advogados do Brasil do Espírito Santo atua com rigor para proteger a sociedade e valorizar a ética profissional. Nossa missão é garantir que apenas profissionais habilitados exerçam a advocacia, oferecendo segurança jurídica à população. Casos como este reforçam a importância da OAB na fiscalização e na defesa intransigente dos interesses da cidadania e da advocacia", afirma Érica Neves, presidente da OAB-ES.
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