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Polícia

Escondidos em navio, nigerianos ficaram 3 dias sem comer e beber água

Quatro africanos foram resgatados pela Polícia Federal no fundo de uma embarcação no Porto de Vitória, após viagem de 14 dias


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Imagem ilustrativa da imagem Escondidos em navio, nigerianos ficaram 3 dias sem comer e beber água
Nigerianos estavam escondidos no leme de navio da Libéria, na África, em más condições de saúde |  Foto: Divulgação/Polícia Federal

Escondidos no fundo de um navio, quatro nigerianos foram resgatados pela Polícia Federal do Espírito Santo no Porto de Vitória, no início da manhã desta segunda-feira (11). Segundo o órgão, eles já estavam há mais de três dias sem comer e beber água e em condições insalubres. 

O caso chegou à Polícia Federal depois que tripulantes de uma  embarcação de manutenção passaram perto do navio, que desembarcava mercadorias, e visualizaram os estrangeiros.

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“Eles comunicaram ao administrador do Porto, que é de uma empresa que administra os portos de Vitória, e essa empresa comunicou imediatamente à Polícia Federal,  responsável por esse tipo de fiscalização”, disse o delegado Ramon Almeida, chefe da Delegacia de Migração. 

O delegado informou ainda  que os quatro nigerianos estavam escondidos no leme do navio, da Libéria, na África, há aproximadamente 14 dias. 

“A experiência nos mostra que essas pessoas se escondem em alguma embarcação sem nem saber qual o destino final. Tudo isso vai ser apurado nos próximos dias. Em um primeiro momento, a nossa preocupação é com a saúde dessas pessoas”, disse. 

Os quatro passageiros clandestinos embarcaram no dia 27 de junho na cidade de Lagos, na Nigéria. Em uma conversa informal com os policiais, um deles contou que o grupo  levou comida apenas para os  primeiros dias de viagem.

“A comida acabou, a água também. Eles estavam debilitados, mas não precisaram de atendimento médico. Foram levados para um hotel  e passam bem”, disse o delegado.

Ramon explicou que o Brasil possui regras de desembarque  para qualquer passageiro que não esteja apto a entrar no território, seja por aeronave ou meio marítimo. De acordo com o delegado, neste caso, a  responsável pelo grupo é a   empresa que os trouxe.

 “Eles devem imediatamente ser repatriados, devem voltar imediatamente. Mas nesse caso específico, por questão humanitária, o navio não volta e fica até resolver o problema desses estrangeiros”.

O grupo foi levado para um hotel que fica na Grande Vitória, cuja  cidade não foi informada pela polícia. A partir de agora, eles devem aguardar cerca de 25 dias para que a identificação de cada um seja feita por meio de informações do Consulado da Nigéria. 

Estrangeiros  levados para hotel vão ser deportados 

Como prevê o procedimento padrão da Polícia Federal, os quatro nigerianos que foram encontrados no fundo de um navio, na manhã de ontem, no porto de Vitória, foram levados para um hotel. 

Assim que os estrangeiros forem identificados, eles serão reportados para seu país. Segundo o delegado Ramon Almeida, mesmo sem saber que os estrangeiros estavam no leme do navio, a empresa responsável que trouxe o grupo deve, a partir de agora, cuidar de todo o trâmite de repatriação. 

“A empresa que trouxe  é responsável por voltar com eles também. Inclusive, eles vão ter de pagar uma multa por isso. O que é feito, nesse caso, que eles não sabiam da presença, é a gente admitir a entrada condicional no Brasil e, com isso, a empresa ganha tempo para cuidar da documentação de repatriação”, disse o delegado.

O delegado também explicou sobre a prática de imigrantes de países africanos que tentam entrar no Brasil. “Essa é uma prática comum em todo o mundo. Normalmente são oriundos de países africanos e, em geral, tentam ir para a Europa ou Estados Unidos, mas eventualmente acabam pegando 'carona' em navios que têm como destino o Brasil”, disse. 

Os africanos não têm documentos para confirmar sua origem.

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