ES ganha novo painel de crimes contra mulheres
Ferramenta traz dados sobre homicídios, feminicídios, estupros, ameaça, violência doméstica e outros tipos de agressões
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O Espírito Santo ganhou um novo aliado na luta para combater os crimes praticados contra a mulher. O novo Painel de Monitoramento da Violência Contra a Mulher traz os números dos crimes detalhados. O objetivo é que eles possam auxiliar na redução de crimes desse gênero.
Para o secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), Eugênio Ricas, trata-se de uma ferramenta que traz transparência aos dados.
“É importante para que possamos analisar os dados da violência contra a mulher no Estado. Além disso, auxilia na gestão, porque nos permite mapear em cada município o horário e os tipos de crime que estão acometendo as mulheres. É uma ferramenta que traz luz a um problema sério, muito particular do Espírito Santo”.
O gerente do Observatório da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social, Carlos Souza, explica que o painel pode ser encontrado dentro do site do órgão.
“Os números de homicídios contra a mulher e feminicídios são atualizados diariamente. Também podem ser encontrados dados sobre violência doméstica, ameaça, lesão corporal, perseguição, estupro, entre as outras, atualizados mensalmente”, explicou.
Podem ser observados e analisados ainda os números divididos por regiões, datas e informações das vítimas, como cor, idade, entre outros dados. Neste ano foram 49 homicídios envolvendo mulheres, sendo que desses 22 foram feminicídios.
A gerente de Proteção à Mulher da Sesp, delegada Michelle Meira, ressalta que a ferramenta é uma inovação que irá auxiliar na redução desse tipo de crime.
“Trabalho há 18 anos com violência contra a mulher aqui no Estado. Nós já fomos o estado que mais matou mulheres. Hoje, somos o 11º (no ranking do País). Conseguimos a redução, mas ainda temos um caminho árduo pela frente”.
Ela ressalta que o painel coloca a transparência dos dados de forma quantitativa.
“Assim, a Sesp e os outros parceiros da rede de enfrentamento da violência contra a mulher poderão utilizar esses dados como forma de otimizar as políticas públicas já existentes, ou até mesmo olhando o dinamismo que esse painel demonstra para que ele possa realmente criar outras políticas públicas para a diminuição da violência contra a mulher”.
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