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Polícia

“Ela estava precisando de ajuda”, diz mãe de travesti morta em Cariacica

Lara foi morta durante uma abordagem policial em Cariacica, na madrugada de quarta-feira (13)


A vendedora Silvânia da Costa Santos, 56 anos, mãe da travesti Lara, 34, morta durante uma abordagem policial no bairro Alto Lage, em Cariacica, na madrugada de quarta-feira (13), afirmou que não acredita que a filha tenha partido para cima dos policiais para agredi-los. 

Silvânia esteve no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória, na manhã de quarta, para liberar o corpo da filha. Ela informou que a filha era usuária de drogas e já havia sido internada em hospital psiquiátrico. 

Lara foi morta com cinco tiros na rua Pedro Álvares Cabral, perto da escadaria Cosme e Damião. De acordo com o registro da ocorrência feito pelos policiais militares, uma equipe fazia um patrulhamento, quando Lara e um homem teriam tentado fugir ao ver os policiais, que desceram da viatura e deram voz de prisão aos dois. 

Segundo o registro policial, o rapaz tentou agredir um dos policiais e Lara tirou de uma bolsa um barbeador, indo na direção dos policiais, que atiraram. Mesmo após os primeiros disparos, ela seguiu caminhando em direção a equipe para atacá-los, conforme narraram os militares, que atiraram novamente.

A travesti foi atingida por cinco tiros e morreu no local. Os disparos atingiram a mão esquerda, rosto, peito, pescoço e costas de Lara.

No entanto, moradores contestam a versão da polícia e afirmam que Lara foi executada. 

Uma auxiliar administrativo, de 45 anos, que pediu para não ser identificada, relatou que acordou com os gritos de Lara antes de outros tiros serem disparados e que moradores pediram para que não atirassem. 

“Quando acordei, ela ainda estava viva. Vi o policial dando socos na cabeça dela e depois ouvi tiros, mas não vi se era nela que ele estavam atirando. Em hipótese alguma houve confronto, porque ela estava sentada. Tanto é que quando o rabecão veio buscar o corpo e a Polícia Civil esteve no local, ela estava da mesma forma de quando ele deu os tiros nela, estava sentada. Ela falou algo com a polícia, não sei o que  falou. Teve um desentendimento e ele atirou nela”.

Imagem ilustrativa da imagem “Ela  estava precisando de ajuda”, diz mãe de travesti morta em Cariacica
Silvânia disse que a filha Lara (em destaque) precisava de tratamento |  Foto: Fabio Nunes/AT

“Ela  estava precisando de ajuda”, diz mãe de travesti morta em abordagem

A Tribuna -  A senhora sabe como ela foi morta? 

Silvânia Santos Não sei, mas Deus sabe. Tenho os laudos do psiquiatra. Era para ter internado em uma clínica, mas tinha medo de outras pessoas drogadas baterem nela. A violência estava na rua. Morreu de uma maneira muito covarde.

A senhora acha que ela agrediria policiais?

Nunca teria coragem de agredir ninguém. Nunca andou armada, nunca mexeu com tráfico. Usuária eu digo que ela era,  doente por usar droga. Mas agredir nunca, ela nunca me agrediu. Covardia o que fizeram. Não sei quem foi, mas Jesus sabe e a justiça de Deus será feita e a justiça da Terra também, porque tem investigadores, laudos que ela era uma paciente psiquiátrica.

Ela era especial, tinha problema psiquiátrico, por que não entraram em contato comigo para levar para o hospital? Por que não levaram ao conhecimento do juiz para ele emitir uma liminar para internação compulsória. Ela estava precisando de ajuda, não de perder a vida.

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