Dono de loja é preso acusado de agressão e racismo contra adolescente no ES
A polícia ficou ciente do caso após testemunhas acionarem o 190

Um chinês, que é dono de uma loja de bijuterias foi preso, acusado de agredir e cometer racismo contra um adolescente, de 13 anos. Segundo testemunhas, o homem e o adolescente se envolveram em uma confusão dentro da loja que fica na avenida Expedito Garcia, em Campo Grande, Cariacica.
O caso chegou à polícia na tarde de sexta-feira (21), depois que testemunhas acionaram o 190. Aos militares, o rapaz contou que entrou no estabelecimento com mais dois amigos quando foi surpreendido pelo dono da loja, que passou a seguí-lo.
O adolescente relatou ainda que em determinado momento o dono do estabelecimento começou a proferir palavras racistas como “macaco” e “preto”, chegando a empurrá-lo para fora da loja. A cena foi presenciada por uma tia do menino, de 36 anos, que estava do lado de fora da loja.
Segundo o registro do caso junto à Polícia Militar, um jovem, de 22 anos, também presenciou a cena. Ele disse aos militares que tentou intervir na confusão para defender o mais novo, mas acabou agredido pelo chinês que arremessou um grampeador contra seu rosto.
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Durante a confusão, populares que passavam em frente à loja e que presenciaram as ofensas partiram para cima do comerciante, que para fugir das agressões, fechou a porta do estabelecimento. Foi nesse momento, segundo o próprio chinês, que ele caiu e bateu a cabeça.
Uma ambulância do Samu foi chamada e socorreu o chinês até o Hospital de Urgência e Emergência (HEUE). Após receber os primeiros socorros, ele foi levado para a 4ª Delegacia Regional de Cariacica, onde foi autuado por injúria racial e lesão corporal.
O adolescente também ficou ferido durante a confusão e também recebeu os primeiros socorros. Ele passa bem.
Versão do acusado
Ao ser ouvido na 4ª Delegacia Regional de Cariacica, o chinês, de 39 anos, negou as acusações. Ele disse que apenas pediu para o menor e seus amigos saírem da loja, já que estavam no local há muito tempo e não tinham comprado nada. Disse ainda que no momento que dois dos jovens saíram, um terceiro foi tirar satisfação com ele, chegando a lhe dar um tapa no rosto, momento esse que ele decidiu se defender e usou técnicas de luta.
O homem contou ainda que no momento que usava técnicas de luta, o amigo do menor usou um objeto cortante e o acertou na cabeça.
Ao passar pelo Departamento Médico Legal( DML), em Vitória, neste sábado, o dono da loja conversou com a imprensa e repetiu o que havia dito à polícia, negando os crimes.
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