Dono de bar morre baleado no ES e polícia investiga se PM aposentado é culpado
A vítima estava internada na UTI, onde morreu dois dias após completar 55 anos
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Um comerciante morreu, na noite desta quarta-feira (18), após 10 dias internado na UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. Lailton Pereira tinha 55 anos e era de dono de um bar, em Jacaraípe, onde foi baleado no peito por um cliente do estabelecimento. A ação foi flagrada por uma câmera de videomonitoramento do local.
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Em entrevista à TV Tribuna, a mulher dele contou que o acusado de cometer o crime é um policial militar da reserva conhecido na região. "Ele já foi expulso de muitos bares aqui de Jacaraípe. No nosso bar, ele arrumou uma confusão quatro anos atrás com um outro cliente, por conta de política. Ele chegou a puxar a arma no dia", contou.
Dessa vez, o que teria começado a discussão, segundo a mulher da vítima, foi uma dose de cachaça. "O Lailton já sabia da confusão dele e falou que ele podia ir embora sem pagar, aí ele começou a jogar tudo no chão".
Nas imagens da câmera de segurança, é possível ver quando o garçom do bar tenta imobilizar o homem, mas acaba sendo agredido por ele. O funcionário, então, revida com um soco no rosto do acusado, que cai com a investida. Após ser atingido, Lailton também tenta imobilizar o cliente, que foi até seu carro e pegou sua arma.
De acordo com a esposa da vítima, a intenção dele era acertar o garçom, por conta do soco que levou. No entanto, ele errou o primeiro tiro e, no segundo, acertou Lailton no peito. No boletim de ocorrência, consta que a vítima foi socorrida para a UPA de Castelândia e, depois, transferida para o Jayme.
Agora, a família do comerciante espera que a justiça seja feita. "Ele era meu marido. Não sei nem explicar para você como ele vai me fazer falta, como já está fazendo. Nós tínhamos uma vida juntos", disse a mulher aos prantos.
Lailton completou 55 anos no dia 16 de abril e morreu na noite desta quarta-feira (18), dois dias após seu aniversário.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra, mas que, até o momento, nenhum suspeito foi detido.
"Outras informações não serão divulgadas, no momento, para não atrapalhar as investigações. A população pode denunciar através do Disque-denúncia (181) qualquer tipo de irregularidade, ilegalidade ou repassar informações que ajudem as polícias na elucidação de delitos ou infrações. A ligação é gratuita e pode ser realizada em qualquer município do Estado", diz o comunicado.
Já a Polícia Militar explicou que, neste primeiro momento, a Polícia Civil vai investigar se o acusado realmente pertence à corporação e, apenas ao fim do inquérito, mesmo que ele seja da reserva, é que a PM começa a sua investigação.
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