Criminosos se passam por artistas para enganar crianças na internet
Criminosos ameaçam crianças e adolescentes para que enviem fotos e vídeos eróticos
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Diante da ação de criminosos que ameaçam crianças e adolescentes para que enviem fotos e vídeos eróticos, a Polícia Civil fez um alerta para a forma de abordagem às vítimas.
O titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos, delegado Brenno Andrade, afirmou que criminosos se passam por outras crianças ou até mesmo por personagens de desenhos e por atores famosos.
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“As crianças acreditam nas pessoas por trás desses perfis e iniciam a interação. Depois de ganhar a confiança, os criminosos pedem vídeos e imagens íntimas. Também começam as ameaças”.
Wanderson Castilho, perito em crimes digitais, diz que existem inúmeras formas de abordagens em um golpe. “Quando temos experiência, conseguimos perceber que tem algo de errado. Isso não se aplica às crianças e adolescentes. Eles estão aprendendo e se tornam presas fáceis, pois não percebem que estão sendo manipulados”.
Castilho alerta que criminosos estão aplicando todas as possibilidades tecnológicas, especialmente com inteligência artificial.
Ele cita exemplos: “Aplicativos que alteram a voz, filtros que mudam a aparência, tudo torna ainda mais fácil o convencimento”.
Leandro Batista, advogado especialista em Direito Digital, salienta que o uso adequado da internet por crianças melhora o aprendizado e desenvolvimento dos pequenos para o futuro mais digital. A restrição total, segundo ele, nunca será a melhor opção.
Para ele, os pais devem se fazer presentes e o monitoramento de acesso – seja por meio de aplicativos de controle de pais ou mesmo controle de acesso pelo roteador wi-fi – pode ser importante aliado.
Fernanda Mappa, psiquiatra infantil, também deu dicas aos pais para lidar com essa situação. “Esteja atento e aberto ao diálogo. Simplesmente dizer que não pode acessar determinado site pode gerar mais curiosidade.
Dicas para os pais
1 Use a internet junto com seus filhos.
2 Oriente a nunca divulgar dados pessoais.
3 Diante de algum material de conteúdo violento, ofensivo, pornográfico na internet, converse e mostre a gravidade da situação.
4 Instale programas que filtram e bloqueiam sites.
5 Esteja atento e aberto ao diálogo.
6 Se tiver dúvidas, busque orientação de um especialista em informática sobre como instalar controles efetivos conforme os dispositivos utilizados pela sua família.
7 Fique atento a súbitas mudanças de comportamento.
8 Caso descubra que uma criança é vítima de um aliciador, é importante não afastá-la ou culpá-la pela situação.
Fonte: Especialistas citados.
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