Corpo encontrado em Jacaraípe é de motorista de aplicativo, confirma família
O corpo do motorista de aplicativo Anderson Luiz Lira, de 31 anos, foi encontrado enterrado no final da areia da praia de Jacaraípe, Serra, na tarde desta segunda-feira (8). Os familiares estiveram no local e reconheceram o corpo através das tatuagens e da roupa que a vítima vestia no dia que desapareceu.
De acordo com a Polícia Militar, um homem ligou para o Ciodes dizendo que havia sido agredido com um soco no rosto e que o agressor teria, anteriormente, cometido um homicídio e realizado o enterro do corpo na praia.
Ainda segundo a PM, militares foram ao local e providenciaram uma retroescavadeira que desenterrou o corpo.
O motorista estava desaparecido desde a última quarta-feira, depois de pegar uma corrida. O namorado da vítima, que não quis se identificar, de 23 anos, contou que ele saiu de Nova Almeida, no mesmo município, por volta das 17 horas, e uma hora depois depois ninguém conseguiu fazer contato com ele.
"Ele não tinha costume de pegar corridas a noite, mas neste dia específico, ele aceitou. Minha mãe estava na cozinha quando Anderson passou e avisou que estava saindo, nos deu tchau e foi a última vez que vimos ele vivo", contou o irmão da vítima, 25.
O carro do motorista chegou a ser encontrado carbonizado na noite de sexta-feira às margens da lagoa Juara, em Jacaraípe.
A polícia chegou até o carro, após uma testemunha ver o veículo em chamas. O irmão e amigos de Anderson, circularam no local em busca de alguma pista, mas não encontraram. O carro foi levado para a Delegacia Regional da Serra para ser periciado.
O corpo de Anderson foi encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico, que apontará a causa da morte.
No local, familiares informaram que não puderam fazer a liberação do corpo, pois o mesmo estava em avançado estado de decomposição e precisarão esperar três dias, para que a identificação seja confirmada por digitais.
"Nós sabemos que é ele. Reconhecemos as tatuagens e a roupa. Teremos que esperar mais para podermos nos despedir. É adiar ainda mais nosso sofrimento", disse o irmão.
De acordo com ele, Anderson nunca se envolveu com nada errado e trabalhava há quase um ano como motorista de aplicativo.
"Meu irmão era bom com todos. Eu e ele éramos muito unidos, nós compartilhávamos tudo um com outro. Agora estou sem ele. Não sei como vai ser daqui pra frente".
A Polícia Civil informou que o desaparecimento do motorista continua sob investigação. Outras informações não serão repassadas para que a apuração dos fatos seja preservada.
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