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Polícia

Conteúdos extremistas: pais devem fiscalizar e intervir, dizem especialistas

Pai denunciou filho após achar livros e bandeiras nazistas em Vila Velha


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Imagem ilustrativa da imagem Conteúdos extremistas: pais devem fiscalizar e intervir, dizem especialistas
Material de conteúdo nazista foi apreendido pela polícia com adolescente de 14 anos |  Foto: Divulgação / PCES

A crescente exposição de jovens a conteúdos extremistas, como o nazismo, nas redes sociais destaca a importância de os pais buscarem acompanhamento psiquiátrico para seus filhos.

De acordo com o delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), a mãe do adolescente de 14 anos, encontrado com material nazista, chegou a levar o filho para fazer atendimento psicológico, logo que foi descoberto seu envolvimento com os grupos. No entanto, o tratamento foi suspenso.

“Esse tratamento durou apenas três meses, porque foi alegado que a família não tinha recursos financeiros para mantê-lo. Mas alertamos que ele deveria ser mantido”, disse Brenno Andrade.

“Quando conversamos com os pais, eles entenderam a gravidade dos fatos e, em nenhum momento, passaram a mão na cabeça desse adolescente. Sempre orientamos que os pais devem fazer esse acompanhamento constante nas redes sociais dos filhos. É importante essa fiscalização. Os pais devem verificar o histórico de navegação dos filhos”, acrescentou o delegado.

O psiquiatra Anderson Dondoni destaca que as intervenções de saúde mental, como psicólogo (terapia) e até mesmo condutas do psiquiatra, auxiliam no suporte, retaguarda e apoio no controle das emoções e tomada de decisões de crianças e adolescentes. “Isso pode, inclusive, ajudar no reconhecimento de alguma ação ou pensamento de origem extremista, ou fora do padrão”, destaca o médico.

RELEMBRE

Um adolescente de 14 anos foi denunciado pelo próprio pai por armazenar material nazista. Segundo a polícia, o jovem mantinha conversas sobre nazismo, em aplicativo de mensagens, com pessoas de outros países, e ainda possuía livros e bandeiras com o símbolo da suástica.

A denúncia chegou à Polícia Civil em fevereiro e as investigações tiveram início em março.

Segundo o delegado Brenno Andrade, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), o pai registrou um boletim de ocorrência após descobrir, ao verificar o celular do filho, que o adolescente participava de grupos de apologia ao nazismo. As bandeiras, de acordo com o delegado, foram compradas pela internet.

“Intimamos esse adolescente. Ele confessou a autoria dos fatos e informou que, em um primeiro momento, seu interesse era histórico pela Segunda Guerra Mundial. No entanto, houve um despertar de sentimento de adoração ao nazismo e pela supremacia branca quando, segundo ele relatou, um colega de sua escola, que era preto, começou a discriminar pessoas brancas”, informou.

A partir daí, de acordo com o delegado, o menino, que é de Vila Velha e estuda em uma escola da rede pública, desenvolveu um interesse maior pela questão racial.

Em depoimento à Polícia Civil, o adolescente informou que o celular utilizado para a troca de mensagens havia sido vendido pela mãe, como forma de punição.

Diante do fato, a polícia solicitou um mandado de busca e apreensão na casa do adolescente, o que ocorreu no início deste mês. “Ele estava com um novo celular e se encontrava, novamente, participando de grupos do WhatsApp com referência ao nazismo”, relatou Andrade.

“O adolescente confessou os fatos, falou que não gostava de judeus e que não planejava nenhum ataque. Mas sabemos que isso pode ser um gatilho e a qualquer momento ele pode ter essa ideia, pelo estímulo dessas pessoas que ficam nesses grupos”, completou o delegado da DRCC.

O caso foi informado ao Conselho Tutelar e encaminhado à Vara da Infância e Juventude.

O adolescente responde em liberdade por ato análogo ao crime de racismo. O celular foi apreendido, na tentativa de identificar outras pessoas envolvidas nos grupos. “A maioria das pessoas desse grupo falava inglês e alemão. Ele chegou a dizer que havia mais uma pessoa do Estado envolvida, mas não soube dizer quem é”.

SAIBA MAIS

Denúncia

> Em fevereiro, um pai registrou um boletim de ocorrência contra o filho, um adolescente de 14 anos, junto à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A denúncia foi feita porque o pai descobriu, ao verificar o celular do filho, que ele participava de grupos nazistas por aplicativo de mensagem, além de possuir livros e bandeiras com suástica.

Investigação

> O caso foi encaminhado à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), que, em março, intimou o adolescente para prestar depoimento.

> Ele confessou à polícia ter interesse histórico pela Segunda Guerra, que evoluiu para adoração ao nazismo e supremacia branca.

> O interesse racial começou, segundo o adolescente, após um colega preto de sua escola discriminar pessoas brancas.

> A mãe vendeu o celular do adolescente como punição, mas foi dado um novo aparelho ao garoto. Ele voltou a participar de grupos de WhatsApp com temática nazista.

Confissão

> À polícia, o adolescente confessou o ódio a judeus, mas afirmou não planejar ataques. O celular foi apreendido para tentar identificar outros envolvidos nos grupos.

> O caso foi informado ao Conselho Tutelar e à Vara da Infância e Juventude. O adolescente responde em liberdade por ato análogo ao crime de racismo.

OUTROS CASOS

Terrorismo na internet

No início do mês de agosto, a Polícia Civil do Estado (PCES), por meio da Delegacia de Polícia de Sooretama, apreendeu dois computadores e dois celulares de dois adolescentes, de 15 e 17 anos, investigados por crimes de racismo e terrorismo na internet. As investigações revelaram que os adolescentes estavam fazendo publicações nazistas. Os dois assinaram um Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC) e foram reintegrados às suas famílias.

Bandeira de presente

Um adolescente de 14 anos foi apreendido em Maquiné, no Rio Grande do Sul, em abril do ano passado, por ato análogo ao terrorismo, e seus pais presos por apologia ao nazismo. Na casa, a polícia encontrou símbolos nazistas, facas e uma arma falsa. A ação ocorreu após o monitoramento de mensagens do jovem nas redes sociais e um mandado de busca. Uma bandeira apreendida teria sido dada de presente pelo pai ao filho.

Ataque planejado

A Polícia Civil de São Paulo apreendeu um adolescente de 17 anos, suspeito de planejar um ataque em Itanhaém (SP), no mês de agosto. Na casa dele, foram encontradas pistolas, facas e objetos nazistas, como livros do ditador Adolf Hitler. A investigação começou após um alerta da Embaixada dos Estados Unidos, que monitorava as redes sociais do adolescente. Os policiais descobriram que ele já vinha apresentando comportamento incomum na escola, nas redes sociais e também já tinha registro de violência doméstica.

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