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Polícia

Conselho vai investigar caso de mulher que morreu após procedimento dentário

Kamila da Costa Quadra teve uma infecção generalizada e sofreu uma parada cardiorrespiratória


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Imagem ilustrativa da imagem Conselho vai investigar caso de mulher que morreu após procedimento dentário
Kamila Costa morreu por complicações após procedimento dentário |  Foto: Reprodução / TV Tribuna

O Conselho Regional de Odontologia do Estado (CRO-ES) informou que já iniciou as medidas necessárias para realizar as investigações e ações cabíveis em relação aos profissionais envolvidos na morte da administradora Kamila da Costa Quadra: na clínica, na Unidade de Pronto Atendimento e no Hospital Dório Silva.

Nesses casos, o CRO-ES reforça que serão respeitados os direitos de defesa das partes.

Kamila morreu na última sexta-feira com infecção generalizada, após passar por um procedimento dentário de raspagem de gengiva, realizado em uma clínica particular na Serra.

O representante técnico do CRO-ES e coordenador do Serviço e da Residência de Bucomaxilo do Hospital São Lucas, Felipe Igreja, destacou sinais que podem indicar infecção após procedimentos.

Entre eles, citou dor, que pode ser intensa e persistente, além de sensibilidade maior na região. “No caso da gengiva, pode ser um inchaço no local, no rosto, na região submandibular – o mais comum – ou na maxila (próximo ao olho)”.

Ele diz que se o inchaço se estender para o pescoço e região acima da clavícula, é um sinal maior de alerta, já que a infecção pode comprometer o espaço do mediastino, onde fica o coração e órgãos importantes.

“Pode haver febre, mau hálito, gosto ruim na boca, dificuldade de abrir a boca, de engolir e limitações de movimento. Dependendo da gravidade, o paciente deve procurar unidade de saúde ou hospital”.

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Paciente tirou fotos de inchaço observado em seu rosto |  Foto: Reprodução / TV Tribuna
RELEMBRE O CASO

Uma administradora de 35 anos morreu na última sexta-feira com infecção generalizada, após passar por um procedimento dentário realizado em uma clínica particular na Serra. 

Segundo a família de Kamila da Costa Quadra, a administradora realizou um procedimento no dia 5 de fevereiro na gengiva para aumento da coroa dentária. O objetivo era acertar um dente que havia quebrado ao comer.

O irmão da administradora Kevin da Costa, 25, conversou ao vivo com a equipe de reportagem da TV Tribuna/Band e contou a saga vivida por ela após o procedimento.

Segundo ele, Kamila saiu do consultório sem nenhuma medicação prescrita. Três dias depois, começou a sentir muitas dores e um inchaço na região, entrando em contato com a clínica particular.

O irmão revelou que, a todo momento, Kamila enviava fotos e pedia orientações. Ela foi aconselhada a fazer uso de medicações e também buscar um outro profissional bucomaxilofacial.

“A gente precisava que a clínica desse um pouco mais de atenção para ela naquela situação. Ela mandou fotos para a clínica. O rosto estava bem inchado. Estava com uma infecção, uma inflamação já mais avançada”.

Além de buscar o profissional especialista, o irmão contou que ela foi orientada a buscar atendimento médico.

“Minha irmã chegou a ir para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) quatro vezes. Ela ia na UPA uma vez, eles medicavam e mandavam embora. Ia de novo e a mesma coisa”.

Somente na última vez é que ele revelou que a mãe a acompanhou, e acabou exigindo que fossem feitos exames.

LEIA TAMBÉM: Mulher que morreu após tratamento dentário foi à UPA quatro vezes

“Minha mãe teve que fazer um alvoroço lá para eles darem um pouco mais de atenção no caso da minha irmã. Fez esse exame de sangue, e posteriormente o resultado constatou bactéria. Então decidiram encaminhar para o hospital Dório Silva”.

Kevin revelou que Kamila só foi internada no hospital no dia 19 de fevereiro, já com a infecção avançada. Disse, ainda, que uma cirurgia na boca dela só foi realizada dois dias depois, no dia 21.

Depois de 16 dias internada, Kamila morreu com quadro de choque séptico e pneumonia, já que a infecção chegou aos pulmões.

Os familiares agora esperam por Justiça, já que acreditam que Kamila teria sobrevivido, se tivesse recebido tratamento adequado.

O OUTRO LADO

A clínica particular onde Kamila da Costa Quadra realizou um procedimento registrou seu “profundo pesar” e comunicou que, após avaliação, concluiu que não há relação entre o procedimento realizado e o ocorrido com a administradora. “Todos os protocolos foram atendidos, bem como as normas dos órgãos competentes são cumpridas nestes mais de 13 anos de serviços prestados”, disse.

A Secretaria de Saúde da Serra informou que a paciente recebeu atendimento na UPA de Castelândia, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro. Na ocasião dos atendimentos foram prescritos antibióticos e indicado atendimento em Unidade Básica de Saúde. “No dia 18 de fevereiro, após exames laboratoriais, foi solicitada a internação da paciente que, em 19 de fevereiro, foi transferida para um hospital de referência da Serra”.

A direção do Hospital Dório Silva lamentou o ocorrido e esclareceu que a paciente deu entrada com quadro infeccioso. “Ela passou por procedimento cirúrgico no dia 21 de fevereiro, e incluiu a aspiração de líquido para análise de cultura, a fim de identificar agentes infecciosos”.

O hospital aponta que a paciente recebeu acompanhamento contínuo, no entanto, não apresentou melhora esperada, evoluindo para óbito.

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