X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

Caso Thayná: polícia alerta que abusadores normalmente conhecem as crianças


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Caso Thayná: polícia alerta que abusadores normalmente conhecem as crianças
Ademir foi assassinado sem ser julgado por morte de Thayná (destaque) |  Foto: Fábio Nunes - 13/11/2017 e Leone Iglesias - 21/06/2020

O caso da menina Thayná Andressa de Jesus, 12 anos, voltou à tona novamente esta semana após a morte do acusado de sequestrar, estuprar e matar a garota, Ademir Lúcio Ferreira de Araújo. Ele foi morto dentro da cadeia, por um colega de cela.

A família da menina afirma que Ademir não conhecia Thayná e a abordou aleatoriamente na rua. Mas o delegado Diego Aleluia, titular da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), alerta para o fato de que o abuso infantil normalmente é praticado por pessoas que conhecem as vítimas.

"(Esses abusadores) Podem ser pessoas próximas às vítimas ou terceiros que se aproximam mediante a utilização de meios para obtenção da confiança delas", diz o delegado.

Thayná desapareceu na manhã do dia 17 de outubro de 2017, quando ia ao mercado, no bairro Universal, em Viana. No caminho, foi abordada por Ademir e entrou no carro conduzido por ele. O corpo dela foi encontrado dias depois.

A conselheira tutelar Alessandra Santana, que atua em Vila Velha, avalia que o caso de Thayná fugiu um pouco do padrão. Isso porque, na grande parte dos casos que chegam para o Conselho Tutelar, os suspeitos fazem parte da família da criança.

"Em sua maioria, são pais, padrastos e tios que abusam dessas crianças. Mas é claro que isso não impede que ocorram casos como o da menina Thayná. O acusado aproveitou da vulnerabilidade dela, naquele momento, mas poderia ter escolhido qualquer outra criança", afirmou a conselheira.

Alessandra ainda destaca que a melhor forma de prevenir esses casos é a observação das crianças em seu dia a dia e o diálogo. "Isso é o que sempre dizemos aos responsáveis aqui no Conselho Tutelar. Não é aconselhável deixar os filhos sozinhos, seja para ir à padaria ou à escola. Se você não pode vigiar naquele momento, deixe com algum adulto de confiança da família", disse.

De acordo com a conselheira, por conta da possibilidade desse "adulto de confiança" ser um abusador, é importante manter um bom diálogo com a criança.

"Os abusadores, infelizmente, não têm rosto. Eles podem estar no seio familiar, mas também podem ser religiosos, alguém importante na comunidade, que você nunca imaginou porque ele tem uma imagem a zelar. Por isso esses casos envolvem muitas ameaças. É importante que seus filhos sintam confiança para contar qualquer coisa para você e não medo ou vergonha", afirmou Alessandra.

Preservar a intimidade

O delegado Diego Aleluia também ressalta a importância de haver um canal aberto com os filhos, para que eles saibam como lidar com qualquer situação. "Sempre passar orientações sobre a preservação da intimidade, do corpo e evitar contato com estranhos tanto no ambiente físico como no ambiente virtual", destacou. 

Diego ainda afirma que toda a sociedade pode ajudar na prevenção desses casos ficando atenta a situações suspeitas e realizando denúncias por meio dos canais oficiais. Em relação às instituições, como escolas e igrejas, o titular da DPCA frisa que elas podem ser peças importantes na rede de apoio e orientação para crianças e adolescentes. 

"Elas possuem um papel importantíssimo na conscientização e, principalmente, acompanhamento diário do comportamento das crianças e adolescentes. Com isso é importante comunicar os órgãos oficiais, caso haja algum relato de uma situação adversa que indique uma situação de vulnerabilidade", completou.

A população pode denunciar de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações são investigadas.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: