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Polícia

Caso Luisa Lopes: “Inquérito chama atenção pela violência”, afirma delegado

Se for condenada, Adriana Felisberto pode pegar 30 anos de prisão por atropelar e matar a universitária Luisa Lopes, de 25 anos


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Imagem ilustrativa da imagem Caso Luisa Lopes: “Inquérito chama atenção pela violência”, afirma delegado
A Modelo Luisa Lopes, 25 anos, foi atropelada enquanto andava de bicicleta |  Foto: Divulgação

O inquérito que apurou o atropelamento e morte da universitária, modelo e passista Luisa da Silva Lopes, de 25 anos, envolveu uma série de provas periciais, em vídeo, comandas, entre outras, no trabalho da equipe da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito.

Segundo o delegado Maurício Gonçalves, o que mais chamou atenção foi a forma que o caso foi tratado pela acusada, a corretora de imóveis Adriana Felisberto, de 33 anos.  

“É um inquérito que infelizmente chama a atenção pela violência do ato em si. É uma via de muita circulação de pessoas, então temos que ter muito cuidado quando assumimos a direção de um veículo. A forma que a condutora tratou a morte da universitária nos assusta”, disse Maurício.

Ele explicou que o caso foi tratado como dolo eventual justamente pelo fato da condutora do carro não ter se mostrado arrependida pelo ato que havia cometido. 

“E isso foi verificado através de provas testemunhais, provas de vídeo, verifica-se que a conduta da motorista não é de preocupação com o resultado que ela produziu. O dolo eventual é você produzir o resultado sem ligar para a consequência e para o resultado”.

A corretora de imóveis Adriana Felisberto, 33 anos, foi indiciada por homicídio pela Polícia Civil, por atropelar e matar a ciclista Luisa da Silva Lopes, de 25 anos, em Vitória. A motorista havia consumido cerveja e vodca minutos antes do acidente, concluiu a polícia.

O delegado responsável pelo caso também representou à Justiça pela prisão preventiva da acusada. A conclusão do inquérito ocorre seis meses após a morte de Luisa, que era modelo, universitária e passista de escola de samba. A morte causou comoção e protestos. 

“A conclusão foi por homicídio doloso (quando há intenção de matar), pela prisão preventiva e   suspensão do  direito de dirigir. Se condenada, pode pegar até 30 anos de cadeia”, disse o delegado Maurício Gonçalves, da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito.

Segundo o delegado, as apurações indicaram que Adriana  atropelou e matou  Luisa no momento em que passava pela avenida Dante Michelini, na orla da Praia de Camburi, em alta velocidade. 

A polícia descobriu que, minutos antes, a acusada teria misturado cerveja, vodca e um remédio que ocasiona sonolência e tontura, em um bar na Praia do Canto.

O delegado explicou ainda que sua equipe começou as investigações logo após a prisão em flagrante de Adriana, que na época foi colocada em liberdade após pagar uma fiança de R$ 5 mil.

Após os depoimentos da corretora de imóveis e de uma amiga que estava com ela no carro, no momento da colisão, a polícia descobriu que as duas tinham ido a um restaurante e, posteriormente, a um bar na Praia do Canto. 

“No primeiro local não tinha câmera, mas no segundo tinha e foi possível perceber os momentos em que ela ingeriu bebida alcoólica”, conta o delegado.

Pelas imagens e comandas dos locais onde as mulheres estiveram, os policiais descobriram que elas haviam ingerido quatro garrafas de 600 ml de cerveja.

As imagens mostraram também que, no segundo bar, Adriana também ingeriu vodca, oferecida por um homem, que bebia em uma mesa ao lado, segundo a polícia. 

“Ela consumiu cerveja e vodca em quantidade levadas a sua boca por cerca de 20 vezes a vodca, e 23 vezes a cerveja”, disse o delegado.

O outro lado

Procurado pela reportagem de A Tribuna na tarde de ontem, o advogado  Jamilson Monteiro Santos, que faz a defesa da corretora de imóveis Adriana Felisberto, indiciada por homicídio doloso pela Polícia Civil, não respondeu ao pedido de entrevista.

Entenda o caso

Atropelamento

- A jovem Luisa da Silva Lopes, 25 anos, foi atropelada e morta ao tentar atravessar, na faixa de pedestres, a avenida Dante Michelini, na orla da Praia de Camburi, em Vitória, no dia 15 de  abril deste ano.

- Ela estava em sua bicicleta, quando Adriana Felisberto, 33 anos, que conduzia um Ônix branco,  seguia pela mesma  avenida,  sentido Serra.

- Luisa era modelo, universitária e passista de escola de samba. A morte  causou comoção e protestos. 

Imagens

- Câmeras de videomonitoramento de um banco, que fica próximo ao local, registraram o momento da colisão.

- Nelas, é possível perceber que, ao ser atingida, a universitária é projetada a 40 metros de distância do local da colisão.

- Na época, cogitou-se a possibilidade de um terceiro veículo envolvido na cena, mas isso foi descartado pela polícia.

Fiança

- No local do atropelamento, a condutora do Ônix branco, a corretora Adriana Felisberto, 33 anos, se recusou a fazer o teste do bafômetro.

- Mas, de acordo com o exame feito por militares, que consideraram a capacidade de raciocínio, domínio da fala e odor alcoólico, ela estava embriagada

- Adriana foi levada à delegacia, onde foi autuada e posteriormente seguiu para o presídio. Uma fiança de R$ 5 mil foi arbitrada e, assim que ela pagou, foi colocada em liberdade.

Investigações

- Na mesma semana, a Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito começou as investigações, ouvindo a condutora  e uma amiga, que estava com ela no carro. 

- A corretora alegou ter tomado seis garrafas de água.

- Mas, por meio de videomonitoramento, a polícia descobriu que Adriana, ingeriu, em  cerca de uma hora, 20  goles de vodca e 23 de cerveja em um bar da Praia do Canto.

- Os policiais descobriram que Adriana e uma amiga haviam ingerido quatro garrafas de 600 ml de cerveja, além da vodca.

Inquérito

- Seis meses após o atropelamento, a Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou Adriana, por meio de um mandado de prisão preventiva,  pelo crime de homicídio doloso (quando há intenção de matar) duplamente qualificado, por perigo comum e impossibilidade de defesa da vítima na modalidade de dolo eventual, evidenciado principalmente pelo estado de embriaguez, velocidade e indiferença da indiciada com os fatos.

Fonte: Delegado Maurício Gonçalves, Polícia Civil e pesquisa AT 

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