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Caso Kauã e Joaquim

Ex-pastor Georgeval Alves é condenado a 146 anos pela morte de Kauã e Joaquim

A condenação acontece dois dias antes da morte de Kauã e Joaquim completar cinco anos


Imagem ilustrativa da imagem Ex-pastor Georgeval Alves é condenado a 146 anos pela morte de Kauã e Joaquim
Ex-pastor Georgeval foi condenado pela morte dos irmãos Joaquim e Kauã (destaque) |  Foto: Thiago Coutinho - Arquivo /AT e Reprodução

O ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves foi condenado pela Justiça pela morte do filho Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e do enteado Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos. A sentença foi lida nesta quarta-feira (19) pelo juiz Tiago Fávaro Camata, no Fórum de Linhares, no Norte do Espírito Santo. Incialmente, a pena deve ser cumprida em regime fechado. 

A pena foi fixada em 146 anos e quatro meses de prisão em regime fechado.

A condenação de Georgeval aconteceu dois dias antes da morte dos irmãos completar cinco anos. Joaquim e Kauã foram torturados, violentados e mortos no dia 21 de abril de 2018, na casa onde moravam no centro de Linhares. O quarto onde eles estavam foi incendiado e os corpos dos irmãos foi carbonizado. 

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Após ser remarcado por duas vezes, o júri popular do ex-pastor foi iniciado na manhã de terça-feira (18). Os advogados de acusação queriam a condenação de Georgeval a 136 anos de cadeia pela morte do filho e do enteado. 

Na chegada ao Fórum, na manhã de terça-feira, o advogado de acusação, Síderson Vitorino, relembrou a declaração de Georgeval em laudo apresentado pela defesa no processo, onde ele diz que mentiu em alguns pontos da investigação.

"Ele falou que se arrepende de ter mentido. Mentiu ao ter afirmado que entrou no quarto para tentar salvar as crianças. Mentiu ao ter dito que bateu a mão na cama para tentar encontrar as crianças. Mentiu quando foi buscar atendimento médico, dizendo que tinha inalado fumaça e queimado os pés. Mentiu ao aparecer com os pés enfaixados, simulando que havia queimado as solas dos pés. Mentiu frente a sua igreja, dizendo que estava com os pés queimados e estava mancando, simulando que estava com uma ferida por baixo dos pés. Mentiu em sede de inquérito policial, mentiu dentro do processo e, agora, cinco anos depois ele próprio se desmente e diz que mentiu e que teve medo de ser considerado uma pessoa covarde, por isso mentiu. A regra que se impõe é a seguinte, ele mentiu porque ele é o protagonista da mentira, é o verdadeiro ministro da mentira e sacerdote da dissimulação", afirmou Siderson. 

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Dentro do Fórum, o Conselho de Sentença foi formado por sorteio e foram escolhidas seis mulheres e um homem como jurados. Um fato que chamou a atenção, durante a formação do grupo, foi que uma mulher foi barrada pela Justiça de participar do conselho, após a defesa de Georgeval alegar que ela é amiga de uma das testemunhas que iria depor no julgamento. 

Com o conselho formado, tiveram início os depoimentos. A primeira testemunha foi o delegado Romel Pio, que foi o responsável pelo inquérito que apurou a morte dos irmãos. O delegado afirmou que não tinha dúvidas de que Georgeval matou Kauã e Joaquim.

O segundo depoimento foi do tenente-coronel Benício Ferrari, do Corpo de Bombeiros, que na época era o comandante do Batalhão de Linhares. Baseado em laudos, ele afirmou que as crianças estavam vivas quando o incêndio no quarto começou e apresentam fuligem nas vias aéreas. 

A acusação dispensou as demais testemunhas e Georgeval foi ouvido ainda na noite de segunda. No entanto, permaneceu em silêncio durante as perguntadas da acusação e se manifestou apenas quando questionado por seus advogados de defesa. 

Na manhã desta terça-feira (19), o julgamento foi retomado para o debate entre acusação (formada pelos promotores de Justiça do Ministério Público do Estado e os advogados contratados pela família da Kauã) e os advogados de defesa de Georgeval. 

Ao apresentar os argumentos, a defesa de Georgeval leu laudos para rebater depoimentos do delegado Romel Pio e do tenente-coronel Ferrari, na tentativa de provar a inocência do ex-pastor. Os advogados exibiram até mesmo um filme para o júri sobre a história de um pai que foi condenado pela morte de duas crianças nos Estados Unidos. 

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