X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Caso Kauã e Joaquim

Defesa de Georgeval pede dispensa de testemunha por conta de entrevista

A Justiça, porém, não acatou o pedido e o tenente-coronel Benício Ferrari, do Corpo de Bombeiros, iniciou depoimento


Imagem ilustrativa da imagem Defesa de Georgeval pede dispensa de testemunha por conta de entrevista
Tenente-coronel Benício Ferrari foi o segundo a ser ouvido em júri de Georgeval |  Foto: Fábio Nunes/AT

O primeiro dia de julgamento de Georgeval Alves Gonçalves foi retomado no início da tarde, desta terça-feira (18), após uma pausa de cerca de 40 minutos para o almoço. A segunda testemunha convocada pelo Ministério Público do Espírito Santo para ser ouvido é o tenente-coronel Benício Ferrari, que na época da morte de Kauã e Joaquim era comandante do 2º Batalhão do Corpo de Bombeiros, em Linhares.

A defesa do ex-pastor pediu a dispensa da testemunha, alegando que ele deu uma entrevista e chamou o réu de "monstro". No entanto, o juiz Tiago Faváro Camata, que comanda o júri popular, não atendeu ao pedido e determinou que o bombeiro seja ouvido no julgamento. 

Leia mais notícias do caso Kauã e Joaquim

Também durante entrevista ao jornal A Tribuna e ao Tribuna Online, o tenente-coronel afirmou que Georgeval parecia frio e até comentou isso com o delegado Romel Pio, que investigou a morte dos irmãos, além aparentemente forçar o choro. "Minha sensação foi: 'eu estou diante de um monstro, um  psicopata'. Aquele que não tem emoção associada às ações mais absurdas”. Nessa hora, eu gelei!", declarou Ferrari na entrevista 

Durante o depoimento, o tenente-coronel reforçou que a entrevista só foi concedida depois que as investigações foram concluídas pelo Corpo de Bombeiros.

"Antes disso, a gente é até proibido de falar com a imprensa. Não houve contato com a imprensa antes de ser concluído esse laudo. Uma vez concluído o laudo, cheguei a conclusões usando o método científico, sou atrelado a conclusões que cheguei. Não viu ser parcial porque tenho a certeza científica daquilo que conclui", afirmou Ferrari.

Assista abaixo a entrevista do tenente-coronel Benício Ferrari ao Tribuna Podcast

 

Tribuna Online
 

O tenente-coronel endossou o depoimento do delegado Romel Pio, dizendo que acusado só pediu socorro depois que saiu da casa e revelou que o ex-pastor não ligou para o Corpo de Bombeiros. 

"Assistindo a câmera de segurança voltada para a casa, chamou a atenção que o Georgeval, aparentemente, só pediu ajuda depois que o primeiro carro chegou na casa. Antes disso, ele poderia ter pedido ter ajuda, poderia ter telefonado para o Quartel do Corpo de Bombeiros. O quartel fica muito perto, cerca de 200 a 250 metros do local. Não buscou ajuda e isso chamou a atenção do que ele estava fazendo no quintal.  Ele não estava fazendo nada. Depois que o primeiro carro chegou, ele saiu correndo desesperado com a mão na cabeça", disse. 

Antes do tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, o delegado Romel Pio, que foi responsável pelo inquérito que apurou a morte de Kauã e Joaquim, foi a primeira testemunha arrolada pelo Ministério Público do Espírito Santo. 

Crianças estavam vivas quando incêndio começou

Em depoimento durante o julgamento, o tenente-coronel Benício Ferrari, do Corpo de Bombeiros, deu detalhes da conclusão dos laudos da corporação sobre o incêndio no quarto que resultou na morte dos irmãos Kauã e Joaquim. Uma das conclusões, com base nas análises técnicas e científicas, foi de que as crianças estavam vivas no momento em que as chamas começaram. 

"No laudo cadavérico, deu a informação de que as crianças tinham fuligem nas vias aéreas superiores. Quer dizer, elas aspiraram fumaça durante o incêndio, elas estavam vivas quando começou a pegar fogo", disse o bombeiro

Segundo Ferrari, os laudos apontaram ainda que o índice de carboxiemoglobina - indicador da exposição ao monóxido de carbono e ao diclorometano - no sangue dos irmãos estava muito baixo.

"Isso quer dizer elas respiraram monóxido, mas foi por muito pouco tempo. Quando uma pessoa está exposta a um ambiente de incêndio em um cômodo fechado, o índice de carboxiemoglobina tende a subir rápido, é o que a literatura mostra. A única situação em que a carboxiemoglobina aparece no sangue, mas aparece muito baixa, é em um incêndio muito rápido. Em uma das crianças o índice de carboxiemoglobina era tão baixo quanto de um fumante passivo", explicou o bombeiro.

Leia mais

"Ele matou as crianças", diz delegado que investigou Georgeval

De camisa social, Georgeval entrou no plenário do Fórum de cabeça baixa

Entenda porque Justiça barrou jurada em julgamento de ex-pastor no ES

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: