De camisa social, Georgeval entrou no plenário do Fórum de cabeça baixa
Acusado de matar os irmãos Kauã e Joaquim entrou no plenário do Fórum de Linhares, onde acontece o júri popular, olhando para o chão
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Geogerval Alves Gonçalves entrou no plenário do Fórum de Linhares, onde acontece o júri popular, vestindo uma camisa social branca e calça - dispensou o uniforme de detento, fornecido pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) nos presídios. Usando óculos e chinelo, o ex-pastor caminhou até a sua cadeira de cabeça baixa e olhando para o chão.
Dentro do plenário, o juiz Tiago Fávaro Camata, responsável por comandar o julgamento, não autorizou que sejam feitas fotos e vídeos do júri popular, porém permitiu o uso de celular no modo silencioso.
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A repórter do jornal A Tribuna, Eliane Proscholdt, acompanha o julgamento no plenário e informou que o ex-pastor se sentou virado de frente para o juiz. O magistrado cumprimentou o réu e perguntou o nome dele. Logo depois, Georgeval foi se sentar perto dos advogados de defesa e permanecia com as mãos juntas, como se estivesse rezando. Próximo ao réu, está a escola dos policiais penais.
RELEMBRE O CASO
O ex-pastor foi denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pela acusação de espancar, estuprar e matar o filho Joaquim e o enteado Kauã, em 21 de abril de 2018 na casa onde moravam no centro de Linhares no Norte do Estado.
Segundo a denúncia, Georgeval teria estuprado e torturado as vítimas, colocando-as desacordadas na cama localizada no quarto das crianças. “Logo em seguida, empregou agente acelerante (líquido inflamável) no local e ateou fogo, causando as mortes das vítimas por ‘carbonização’”, diz o documento.
O júri popular do ex-pastor acontece no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares, e será comandado pelo juiz Tiago Fávaro Camata. A expectativa é de que o julgamento possa durar até três dias.
Ao todo, serão ouvidas 20 pessoas, sendo cinco delas peritos que irão prestar esclarecimentos. Pelo menos 11 pessoas foram arroladas pelo Ministério Público do Espírito Santo, sendo um delegado, dois bombeiros, cinco peritos e três testemunhas. Outras quatro pessoas foram arroladas pelos advogados de acusação e cinco pela defesa do ex-pastor.
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