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Caso Kauã e Joaquim

"Cuida do meu celular porque ele foi caro", pediu Georgeval a investigador

Comportamentos de Georgeval durante a investigação da morte de Kauã e Joaquim chamou a atenção da polícia, informou delegado


Imagem ilustrativa da imagem "Cuida do meu celular porque ele foi caro",  pediu Georgeval a investigador
Ex-pastor Georgeval é acusado de matar Joaquim e Kauã (destaque) |  Foto: Thiago Coutinho - Arquivo /AT e Reprodução

"Cuida do meu celular porque ele foi caro". O pedido foi feito por Georgeval Alves a investigador quando o ex-pastor foi depor na Delegacia de Linhares, no inquérito que apurou a morte dos irmãos Kauã e Joaquim. Essa cena lembrada pelo delegado Romel Pio, responsável por presidir a investigação, como um fato que chamou a atenção dele no comportamento do acusado durante o trabalho da polícia.

O depoimento de Romel durou cerca de duas horas e, nesse período, ele deu detalhes das investigações e de mais comportamentos de Georgeval que despertaram a atenção dos investigadores. 

Leia mais notícias do caso Kauã e Joaquim aqui

"Logo no início do trabalho investigativo, fomos percebendo que a versão dele não se sustentava. Fui acionando perícias, ouvindo todo mundo que poderia colaborar com a investigação, todo mundo que estava presente no local, e, no final, a conclusão do trabalho não deixou sombra de dúvidas que ele incendiou as crianças. Ele matou as crianças", afirmou o delegado durante o depoimento.

Uma das situações narradas pelo delegado foi que, durante o depoimento na delegacia, Georgeval se mostrou frio e "só demonstrava dor, quando lembrava que deveria demonstrar que estava sofrendo". "Eu acredito que, se tivesse feito uma piada, ele teria sorrido naquele momento", afirmou.

Conforme revelou em entrevista ao jornal A Tribuna, no dia 22 de fevereiro deste ano, Romel relatou no julgamento que Georgeval pediu uma pausa para lanchar enquanto prestava depoimento no inquérito que apurou a morte dos irmãos Kauã e Joaquim. "Ele recebeu o lanche e comeu, enquanto estava informando como havia perdido as crianças".

Segundo Romel, foi encontrado agente acelarante, combustível, somente no quarto onde estavam Kauã e Joaquim. Além disso, no carro, havia um galão de combustível. 

Outra situação relatada pelo  delegado foi que Georgeval tirou uma selfie sorrindo dentro do elevador no dia em que foi ao Departamento Médico Legal (DML) coletar amostra de DNA para realização de exames pela Polícia Civil. 

De acordo com Romel, o pastor se mostrou eufórico, em mensagens enviadas pelo celular, por "ter conseguido que o culto fosse filmado, fosse transmitido". Além de ter ido a lojas e shoppings para trocar roupas, em um intervalo de dois dias após a morte dos irmãos.

DEFESA QUESTIONA SOBRE SOCORRO

Imagem ilustrativa da imagem "Cuida do meu celular porque ele foi caro",  pediu Georgeval a investigador

Os advogados de defesa do pastor Georgeval Alves questionaram o delegado sobre o ex-pastor não ter pedido socorro durante o incêndio. Romel relembrou que a primeira pessoa que apareceu no local afirmou, em depoimento, que arrombou o portão. "Ele não pediu socorro, ele não pediu ajuda. Ele estava inerte", diz o delegado. 

Romel relatou que só após o portão ser arrombado, o pastor foi para a rua e pediu socorro. 

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No inquérito é relatado que Georgeval teria pensado em correr para a rodovia BR-101 para tirar a própria vida, mas que desistiu da ideia. "Não devem feito muito esforço [Corpo de Bombeiros para evitar a ação de Georgeval], porque se ele quisesse se matar mesmo, ele teria entrado no quarto para salvar as crianças e não correr para a BR-101 para se jogar na frente de um caminhão", afirmou o delegado. 

A defesa ainda perguntou se o local do incêndio foi preservado. Romel relatou que Georgeval e outras estiveram no local e retiraram várias documentos, papeis e tecidos em um local que só tinha cinzas.

Ao falar sobre as queimaduras de Georgeval, os ânimos se exaltaram. A defesa do ex-pastor questionou sobre o laudo de perícia, que atestou que "todas as lesões apresentadas pelo senhor Georgeval são compatíveis com ação física do elemento calor 'queimaduras'". Logo depois, a defesa questionou se o médico legista é o perito na área nesse tipo de exame e Romel confirmou. Assim que o delegado respondeu, a defesa encerrou, mas o responsável pelo inquérito quis explicar o restante da resposta. 

"As lesões minúsculas que ele tinha eram condizentes com calor", afirmou o delegado. "Todas", disse a defesa, sendo rebatida por Romel: "Eu estou afirmando, porque vi que as lesões eram minúsculas".

A defesa questionou "o senhor é o perito?", e Romel afirmou "ele só confirmou isso, que as lesões que ele possuía que eram ínfimas, minúsculas", sendo interrompido pela defesa e dando início a uma pequena discussão.

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