Carros de luxo, avião e até helicóptero apreendidos em operação no ES
Além dos bens, quatro pessoas já foram presas até agora
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Carros de luxo, 51 apartamentos e até um helicóptero e um avião foram apreendidos durante a operação Frisson do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com o apoio da Polícia Militar, na manhã desta terça-feira (13).
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Até o momento, quatro pessoas já foram presas e levadas ao Departamento Médico Legal (DML) de Vitória. De acordo com o MPES, oito pessoas são alvo de uma denúncia criminal do órgão contra lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Atendendo ao pedido do Ministério, a 6ª Vara Criminal de Vila Velha emitiu seis mandados de prisão, além da busca e apreensão e indisponibilidade de extenso patrimônio dos denunciados, incluindo dezenas de imóveis, avião, helicóptero, iates, veículos de luxo, joias e valores, que estão sendo cumpridos nesta terça (13).
Alguns veículos e aeronaves foram, inclusive, destinados ao uso das forças de segurança pública. Ao todo, quatro membros do Ministério Público coordenam os trabalhos, auxiliados por 29 agentes do Gaeco.
Ainda segundo o MPES, a investigação teve início em setembro de 2021 e contou com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal. No ano seguinte, foram cumpridos diversos mandados judiciais de busca e apreensão em residências e empresas dos então investigados.
A análise das provas colhidas ao longo da investigação permitiu identificar com detalhes uma organização criminosa criada para a ocultação de bens, direitos e valores obtidos com a exploração de jogos de azar.
Para isso, os criminosos teriam lavado dinheiro por décadas para alimentar outras atividades, aparentemente, legais, que eram usadas como fachada para a origem do dinheiro ilícito.
"Pessoas jurídicas foram constituídas pelos denunciados ao longo dos anos para garantir a ocultação de valores, além de simulações transacionais de bens móveis e imóveis, com reinserção financeira dos valores em nome próprio ou de terceiros laranjas. O grupo adquiriu bens de alto valor e se serve da agiotagem para mascarar a origem ilícita dos valores", disse o Ministério Público do Estado.
Além disso, as provas encontradas pela entidade confirmam que os acusados misturavam os valores de fontes diversas para confundir os órgãos de controle, utilizando o sistema financeiro oficial para circular parte da quantia, geralmente por depósitos em dinheiro vivo.
Com a denúncia, a Justiça autorizou, também, pedidos de indisponibilidade e penhora antecipada de bens, como garantia para os pedidos de confisco do patrimônio indevido.
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Dessa forma, o MPES busca o ressarcimento do valor do dano causado, que foi calculado em R$60.491.735,89, além de atingir o lucro, possivelmente, adquirido de forma suspeita e os bens que são incompatíveis com a renda declarada dos acusados, que foram calculados em R$ 64.679.731,06.
No total, foi solicitada e aprovada pela Justiça a restrição sobre 51 imóveis, três embarcações, um avião, um helicóptero, 28 veículos e uma motocicleta.
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