Capixaba preso é suspeito de falsificar documentos de médicos gaúchos
O homem de 29 anos foi detido na operação Falso Patrono III, em julho, em que aplicava o golpe do falso advogado
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou nesta terça-feira (12) a Operação Medici Umbra II, contra um grupo de criminosos que invadiu as contas de médicos gaúchos. A gangue seria responsável por estelionatos cometidos a partir da invasão. Um capixaba, de 29 anos, está da célula criminosa. Ele seria o responsável pelo fornecimento e fabricação de documentos falsos em nome dos médicos gaúchos.
De acordo com a polícia gaúcha, o suspeito é morador de Vila Velha e já se encontra preso pelo envolvimento em outra operação da corporação no Espírito Santo, a Operação Falso Patrono III. Na ocasião, o detido era responsável por criar e vender logins de advogados vinculados a sistemas processuais da Justiça.
A operação contou com o apoio do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil do Espírito Santo.
Além do capixaba, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul cumpriu outros dois mandados de prisão em São Paulo e também em Ananindeua, no Pará. A operação contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo e da Polícia Civil do Pará.
Investigações do esquema
A investigação teve início em janeiro, a partir do registro de ocorrência feito por um médico gaúcho que relatou ter tido sua conta de e-mail e seu perfil no gov.br invadidos.
A partir dessas invasões, os criminosos obtiveram acesso a seus documentos pessoais, criaram contas e tentaram efetuar transferências em uma corretora de investimentos, no valor total superior a R$ 700 mil.
No curso das apurações, foram identificados outros quatro médicos gaúchos vítimas de crimes semelhantes, com prejuízos que, somados, chegam a aproximadamente R$ 80 mil.
Em São Paulo, foi localizado um homem de 44 anos, responsável pela logística humana e financeira do grupo.
De acordo com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o suspeito recrutava pessoas com semelhança física às vítimas gaúchas para produzir fotografias utilizadas na confecção de documentos falsos e para passar pelas verificações de biometria facial (selfies) na abertura de contas.
Ele também fornecia e operava contas bancárias — principalmente de pessoas jurídicas (PJ) com altos limites — para receber os valores subtraídos e dificultar o rastreamento, recebendo comissões que variavam entre 25% e 40% do total.
Já em Ananindeua/PA, foi preso um homem de 20 anos, que utilizava um bot (robô) de consulta automática em grupos de mensagens para vender dossiês com dados pessoais das vítimas.
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