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Polícia

Briga de trânsito: "Perdi o amor da minha vida", diz auxiliar de produção

Webster Luiz e Franciane Bueque foram atropelados após discussão no trânsito


Imagem ilustrativa da imagem Briga de trânsito: "Perdi o amor da minha vida", diz auxiliar de produção
Após briga no trânsito, uma motorista atropelou Webster Luiz e Franciane Bueque (destaque) em moto. Ela morreu |  Foto: Arquivo/AT e Acervo de Família

Quase sete meses depois de perder a mulher em um acidente de trânsito, após uma discussão, em Guarapari, o auxiliar de produção Webster Luiz Santos Lopes, de 20 anos, se emociona ao falar do caso.

A mulher, Franciane Bueque da Silva, 33, morreu após os dois serem atropelados por uma mulher que dirigia um carro Fox. O casal estava na moto. Após o atropelamento, o veículo chegou a arrastar a motocicleta por quase um quilômetro. 

Franciane foi arremessada da moto e morreu na hora. Webster caiu à frente e sofreu escoriações. Socorrido para o hospital, ele não pôde acompanhar o enterro da mulher, com quem estava junto havia um ano e seis meses.  

A causa da briga, que aconteceu em agosto de 2021, teria sido um esbarrão no retrovisor do carro da acusada. O retrovisor dobrou, mas não chegou a quebrar ou ficar danificado.   

A mulher foi presa em flagrante e permanece na cadeia. Na época, ela disse aos policiais que atenderam a ocorrência que não se arrependia pelo que fez.

O advogado das vítimas, Lucas Netto, entrou com ação de reparação de danos contra a motorista. Ele contou que, em consequência da morte de Franciane, a mãe dela, doente, ficou sem os cuidados necessários e foi morar na rua.  

A Tribuna – Você lembra como tudo aconteceu? 

Webster Luiz Santos Lopes – Eu entrei em uma rua do Centro, e ela estava dando seta para o lado esquerdo. Estava quase parada, como se fosse encostar na lateral da rua. 

Eu, que estava de moto, fui passar pela direita. Quando eu estava para passar, ela jogou o carro para cima de mim, e quase bateu na moto. Achei que fosse conhecido meu e voltei. 

Foi quando a discussão começou? 

Sim. Ela estava muito nervosa e começamos a discutir, para saber quem estava certo e quem estava errado. Eu cheguei a falar que se a gente continuasse discutindo, não ia resolver nada. 

Ela continuou xingando a gente, e eu xingando ela. Sei que não foi certo o que fiz também. Esbarrei no retrovisor dela quando estava saindo. O retrovisor não quebrou, só dobrou para dentro, e ela começou a perseguir a gente.

Houve perseguição até o atropelamento?

Sim. Cruzamos várias ruas, rodamos o Centro quase todo, até que entrei em uma rua que era contramão e ela acelerou muito até atropelar a gente. No dia, ela viu a Franciane morta no chão e disse que não se arrependia. 

Naquele dia, o que faziam? 

Estávamos trabalhando juntos, com entrega de correspondências. Inclusive, optamos por isso para passarmos mais tempo juntos.      

Ela cuidava dos filhos e da mãe?

Ela tinha dois filhos, de 9 e 13 anos. Ela cuidava da mãe, a levava ao médico, porque ela estava muito doente. Depois que ela morreu, a mãe passou a ser moradora em situação de rua, porque não tem mais quem cuide dela. Eu voltei para Minas Gerais, porque não tinha mais sentido eu viver em Guarapari. 

Como vê essa intolerância no trânsito?

Seria uma coisa fácil de resolver, mas como a pessoa não está no dia bom, ela quer descontar na outra pessoa. É algo que não poderia acontecer. Foi uma coisa boba. Não teve prejuízo financeiro. Então, não tinha nada para ser resolvido, e de um desentendimento se tornou uma morte. Perdi o amor da minha vida por causa de um esbarrão no retrovisor.

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