Após 8 anos da greve da PM, cerca de dois mil militares vão a julgamento no ES
Policiais militares respondem pelo crime de motim, durante movimento paradista em 2017; penas podem chegar a 8 anos de reclusão

Quase dois mil policiais militares estão sendo julgados nesta quarta-feira (10), desde às 14h, na Vara da Auditoria Militar, no Fórum Criminal de Vitória. Eles são acusados de motim na paralisação das atividades da corporação em 2017, que resultou em uma sequência de episódios de violência, mortes e insegurança pública.
Motivados por melhorias da segurança no trabalho e aumentos de salários, os militares atuaram na greve. Segundo dados expostos pela reportagem da TV Tribuna/Band, durante o cenário de paralisação, o Espírito Santo registrou os maiores índices de violência, chegando a 10,2 mortes por 100 mil habitantes.
Ainda de acordo com a reportagem, apenas em um mês, o Estado apresentou um aumento de 35% de violência em relação ao ano anterior de 2016, dado que não se repetiu nos anos subsequentes.
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça junto à Auditoria Militar, unificou 76 processos para serem julgados de uma só vez e pede pela condenação dos militares do quadro de Praças Combatentes.
Se condenados pela prática do crime de motim, os policiais militares devem cumprir pena que varia de quatro a oito anos de reclusão, com aumento de um terço para aqueles apontados pela Justiça como cabeças do movimento.
Para o MPES, o julgamento terá duração conforme a necessidade da apreciação dos fatos. O órgão reforçou que a responsabilização dos envolvidos na paralisação é importante para a preservação da ordem jurídica e prevenção para que episódios semelhantes não se repitam.
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