Adolescentes da Bahia são resgatados de trabalho análogo à escravidão no ES
Além dos dois adolescentes, mais 11 pessoas também da Bahia foram resgatadas do trabalho análogo à escravidão na propriedade rural
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Uma operação de auditores fiscais do Ministério do Trabalho e da Polícia Federal flagrou 13 trabalhadores em situação análoga à escravidão em uma propriedade rural de café, na cidade de Sooretama, no Norte do Espírito Santo, na terça-feira (25). Entre as pessoas resgatadas estão uma adolescente, de 15 anos, e um adolescente, de 17 anos. O valor devido pelos donos da fazenda aos trabalhadores é de R$ 49.450.
De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santo, os trabalhadores foram aliciados na cidade de Itabuna, na Bahia, no início do mês para trabalhar na propriedade e que havia sido prometido a eles condições de trabalho dignas, além de boa remuneração.
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No entanto, ao chegarem na propriedade, perceberam que haviam sido enganados, pois o alojamento em que habitavam era precário, sujo e com goteiras. Os trabalhadores relataram ainda que bebiam água da torneira e que havia apenas um banheiro para o uso e ele estava em condições ruins.
Segundo os trabalhadores resgatados, eles não recebiam qualquer equipamento de proteção, como botas e luvas. Também não era disponibilizado locais para refeição e banheiro.
Em relação ao pagamento, inicialmente, os trabalhadores receiam R$ 12 por saca de café, porém por conta das condições ruins do cafezal pouco mais de duas sacas eram colhidas por dia. Isso rendia aos profissionais um valor inferior ao estabelecido em lei. Além disso, eram responsáveis por adquirir o próprio alimento, o que tornava o trabalho deles apenas suficiente para se sustentarem.
Os trabalhadores alegaram que gostariam de voltar para a Bahia, porém não tinham condições de comprar as passagens e o empregador também não as disponibilizava.
Foi determinado que os trabalhadores resgatados fossem encaminhados para um hotel em Linhares, onde ficariam até esta quinta-feira (27), quando estava previsto o pagamento das verbas rescisórias e disponibilizado o transporte para que eles voltassem para a Bahia. De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho no Espírito Santo, os valores devidos aos trabalhadores somam R$ 49.450.
Esse foi o primeiro resgate realizado no ano na safra do café, que foi iniciada há 15 dias.
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