Polícia prende suspeitos de ameaçar de morte juízes, promotores e procuradores
Durante uma operação da Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (21), dois homens foram presos suspeitos de ameaçar de morte juízes, promotores e procuradores do Distrito Federal. Os mandados foram cumpridos no residencial Lake Side, condomínio às margens do Lago Paranoá, área nobre de Brasília.
A dupla teria enviado um e-mail anônimo para autoridades com o título 'sentença de morte aos traidores da pátria' ameaçando juízes do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).
“O Brasil chegou a um ponto onde não é mais possível resolver os problemas através da razão e do bom senso”, destacaram os suspeitos, na mensagem. “Por isso, convocamos a população para matar em legítima defesa de si mesmo e da pátria políticos, juízes, promotores, chefes de gabinetes, assessores, parentes, protetores e demônios de toda sorte (sic)”,escreveram no e-mail.
Segundo o Tribunal de Justiça, o e-mail foi recebido por "alguns servidores e magistrados" às 13h18 desta quarta (20).
As autoridades afirmam que "diante do teor da mensagem, de imediato, o Tribunal requisitou providências da Comissão de Segurança Permanente do TJDFT que acionou a Polícia Civil para apurar o ocorrido".
No ato da prisão, a polícia informou que encontrou materiais com ameaças. Entre eles, há um pendrive com a etiqueta “Matar juízes. Matar todos”, cartazes com os dizeres "Comando da Intervenção". Os pertences foram apreendidos e servirão como prova durante a investigação.
Um dos suspeitos tem 79 anos e foi identificado como Célio Evangelista Ferreira do Nascimento. Ele se apresenta como “Presidente Constituinte da República”. O outro acusado preso é Rodrigo Ferreira, 40.
A operação contou com policiais da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), em conjunto com promotores do Núcleo Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Ncyber) do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
A assessoria de Segurança Institucional do MPDFT também participou da operação e apura o recebimento de ameaças nos e-mails institucionais não só de juízes, mas de autoridades e promotores de Justiça.
Os suspeitos foram presos em flagrante pelo crime de utilização indevida de selo ou sinal verdadeiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio ou alheio. A pena é de dois a seis anos de reclusão e multa.
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