Polícia encontra relatório com 30 músicas inéditas de Renato Russo
Vinte e quatro anos depois de sua morte, o cantor Renato Russo voltou a ocupar o noticiário nacional. Desta vez, a informação pode ser uma relíquia para os fãs do cantor e da banda Legião Urbana.
Uma operação da Polícia Civil, realizada na manhã desta segunda-feira (26), encontrou um relatório com mais de 30 músicas e versões inéditas gravadas e produzidas pelo cantor em seus últimos anos de vida, em um estúdio no Rio de Janeiro.
A operação, batizada de "Será?" (inspirado em um dos grandes sucessos no primeiro disco da Legião Urbana), foi iniciada no ano passado após uma denúncia de Giuliano Manfredi, filho de Renato Russo e detentor dos direitos autorais das obras da Legião Urbana e do pai. A busca foi provocada por uma denúncia, que acusa o estúdio de ocultar músicas que teriam sido gravadas por seu pai.
Segundo a Polícia Civil, o filho acredita, no entanto, que o pai teria gravado ainda mais músicas. A Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial então abriu uma investigação para descobrir se o proprietário do estúdio de gravação usado por Renato Russo estaria ocultando essas canções inéditas.
De acordo com Giuliano, o pai, que morreu de AIDS, deixou algumas músicas gravadas, que foram aproveitadas pela gravadora para lançar o álbum póstumo "O Último Solo", em 1997. Ele já havia lançado outros dois discos solo: The Stonewal Celebration Concert (1994) e Equilíbrio Distante (1995), com músicas em italiano. Em 2000, foi lançada uma coletânea com sua obra solo e mais duas músicas inéditas: as regravações de A Carta, de Erasmo Carlos, e A Cruz e a Espada, de Paulo Ricardo.
Até o início da tarde desta segunda, a DRCPIM não havia se pronunciado sobre o que realmente encontrou no local. Mas um dos itens encontrado foi um relatório indicando, ao menos, 30 músicas inéditas, além de versões inéditas de canções de sucesso.
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