Pescadores mudam redes para proteger fundo do mar
Após o alerta dos ambientalistas sobre a pesca de arrasto que transforma o fundo do mar em verdadeiros desertos, o Sindicato dos Pescadores do Espírito Santo (Sindpesmes) informou que a preocupação dos pescadores com o mar é grande e, por isso, há anos eles fazem adaptações nas redes e respeitam o período de defeso do camarão, para que a espécie se reproduza no momento certo.
O presidente do Sindpesmes, João Carlos Gomes da Fonseca, 48, relata que pesca há 35 anos e, desde que começou no ramo, ainda adolescente, acompanha de perto a preocupação com o mar.
“Fazemos o máximo para não estragar a natureza. É do mar que sai o nosso sustento. Os arrastões são na areia e lama. O camarão fica escondido nesses lugares. Ao passarmos com os arrastões, não deixamos deserto. Alguns peixes são doados aos mais necessitados e até o lixo nós trazemos para o descarte de forma correta”, afirmou.
Ainda segundo João Carlos, há uma grande preocupação com as tartarugas, que ao serem capturadas, são devolvidas ao mar.
Vice-presidente do Sindpesmes, Braz Clarindo Filho, 48, que é filho, neto e bisneto de pescador, afirmou que os arrastões são monitorados há anos e que o desequilíbrio ambiental não chega acontecer. “É uma pesca controlada pelos órgãos ambientais. Nossa pesca não é industrial, é artesanal”, destacou.
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