Pernambuco tem dez novos Patrimônios Vivos do Estado. Veja os nomes
Grupos e artistas populares escolhidos são beneficiados com o reconhecimento e um auxílio financeiro vitalício
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A Secretaria Estadual de Cultura e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), divulgaram, nesta quinta-feira (10), o resultado final da seleção anual de registro de patrimônios vivos de Pernambuco. Foram escolhidos mais dez mestres, mestras e grupos artísticos que irão receber suporte financeiro do Governo do Estado para continuarem exercendo sua arte. O Estado passa agora a ter 95 patrimônios vivos registrados de diferentes regiões. Os dez novos eleitos participaram do edital que contou com 103 candidaturas inscritas e 101 habilitadas.
VEJA A LISTA DOS NOVOS PATRIMÔNIOS VIVOS DE PERNAMBUCO
Os novos patrimônios vivos de Pernambuco são: As Cantadeiras do Povo Indígena Pankararu, de Tacaratu (Sertão de Itaparica); Afoxé Alafin Oyó, de Olinda (Região Metropolitana do Recife); Reisado da Comunidade Quilombola do Saruê, de Santa Maria da Boa Vista (Sertão do São Francisco); Caboclinho Canindé de Goiana (Zona da Mata Norte); Troça Carnavalesca Pitombeira dos Quatro Cantos, de Olinda (Região Metropolitana do Recife); forrozeiro Assisão, de Serra Talhada (Sertão do Pajeú); Coco de Roda Negros e Negras do Leitão da Carapuça, de Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú); Mestra Nilza Bezerra da Bonequinha da Sorte de Gravatá (Agreste Central); Ilé Axé Oxalá Talabi, de Paulista (Região Metropolitana do Recife); e Mestra Vera Brito, de Vicência (Zona da Mata Norte), artesã que confecciona bonecas com fibra de bananeira e palha de milho.
Entre os critérios para a concessão do título estão o risco de desaparecimento de determinadas linguagens; os que têm pouca visibilidade; a regionalização através da representatividade dos municípios; a oportunidade para que pessoas e grupos que não acessam editais de fomento e têm dificuldade na manutenção de suas prática; a relevância do trabalho em prol da cultura, a idade do candidato ou antiguidade do grupo, a avaliação da situação de carência social do candidato, entre outras.
HISTÓRIA
Pernambuco foi o primeiro Estado a implantar uma política de registro das tradições culturais populares e de valorização dos detentores desses conhecimentos tradicionais. A Lei Estadual nº 12.196, de 02 de maio de 2002, instituiu a concessão do título de Patrimônio Vivo do Estado Pernambuco (RPV-PE), que prevê o pagamento de uma pensão vitalícia para os mestres e ou grupos culturais, selecionados por meio de edital público, lançado anualmente.
Como contrapartida, é dever do Patrimônio Vivo participar de programas de ensino e de aprendizagem dos seus conhecimentos e técnicas organizados pela Secretaria de Cultura do Estado. Quando passou a vigorar, ficou estabelecido que a cada ano deveriam ser registrados três novos nomes. Em 2016, houve o aumento no número de bolsas anuais concedidas aos grupos e artista populares pernambucanos.
A titulação dos dez novos patrimônios vivos está marcada para a próxima quinta-feira (17), Dia Nacional do Patrimônio Histórico, durante cerimônia da 16ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco, que será realizada no Teatro Santa Isabel.
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