Pernambuco inserido no debate sobre o futuro do litoral e das mudanças climáticas
População participa de debates e contribui para a construção de políticas públicas ambientais
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Representantes do governo federal, incluindo ministros, reuniram-se nesta quinta-feira (1º) no Centro de Convenções para discutir os biomas do Brasil com a população e debater problemas e soluções. O evento é uma das etapas do Plano Clima Participativo, processo para a elaboração da política climática do país até 2035.
A solenidade contou com a presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do ministro da Pesca, André de Paula, do secretário-geral da Presidência da República, Márcio Macedo, e do senador Humberto Costa (PT).]
“As pessoas vão poder colocar as impressões digitais na política nacional de combate às mudanças climáticas”, disse Márcio Macedo.
Das plenárias, poderão surgir propostas que serão apresentadas pelo presidente Lula na COP29, a 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que ocorrerá nos dias 11 e 12 de novembro em Baku, Azerbaijão.
Sistema costerio-marinho em debate no estado
A governadora Raquel Lyra (PSDB) recebeu as autoridades federais. Em Pernambuco, o tema da plenária foi o sistema costeiro-marinho, que inclui áreas de intersecção entre os oceanos e o continente.
Esse sistema abrange toda a costa brasileira, desde a foz do rio Oiapoque (AP) até a foz do rio Chuí (RS), e desempenha funções essenciais, como a prevenção da erosão costeira, a intrusão salina e a proteção contra tempestades.
O ministro André de Paula mencionou os recentes eventos climáticos extremos no país, como secas e inundações, e afirmou: “Tudo isso requer do governo uma energia tanto financeira como uma enorme sensibilidade social para socorrer essas comunidades. E eu quero dizer que isso [o meio ambiente] é uma prioridade do governo do presidente Lula.”
Pernambuco é um dos mais vulneráveis às mudanças climáticas
A governadora Raquel Lyra destacou a vulnerabilidade de Pernambuco às mudanças climáticas, mencionando que o estado é afetado por erosão costeira, chuvas intensas e secas no semiárido. Ela enfatizou a necessidade de uma abordagem integrada:
“Essa discussão envolve todos os atores em pesquisa, estudo, academia, participação popular e também o poder público, para que a gente possa construir as estratégias para permitir que o Brasil e, nós em Pernambuco, possamos ter uma linha só de trabalho.”
Como participar?
Para participar dos eventos ou apresentar suas propostas para ajudar o meio ambiente, entre no site Brasil Participativo.
O Brasil, que possui a maior faixa contínua de manguezais do mundo e os únicos ecossistemas recifais do Atlântico Sul, tem uma grande responsabilidade na conservação desses ambientes.
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