João Campos: “sou contra a PEC da Blindagem e totalmente contrário à anistia”

"No Senado, de forma unânime, nós vamos dar 100% dos votos contra a PEC da Blindagem", disse em entrevista |  Foto: Reprodução do instagram do prefeito

O prefeito do Recife e presidente nacional do PSB, João Campos, posicionou-se publicamente contra a Proposta de Emenda Constitucional conhecida como “PEC da Blindagem”. Em evento neste domingo (21), no bairro de Nova Descoberta, Zona Norte da capital, onde entregou mais uma encosta protegida pelo Programa Parceria, o gestor afirmou ser “completamente contrário” à medida aprovada pela Câmara dos Deputados.

“Eu não votei”

“Eu sou contra a PEC da Blindagem. Não votei nem orientei a nossa bancada em relação a isso. A decisão foi interna, entendendo que era necessária para, no passo seguinte, derrotar a anistia. Mas, quando soube do absurdo de querer incluir presidentes de partido, pedi que todos da bancada votassem contra, e isso foi feito de forma unânime”, declarou João Campos.

A posição do prefeito vem depois da polêmica envolvendo a atuação de seu irmão, o deputado Pedro Campos, líder do PSB na Câmara. O parlamentar votou a favor da PEC, justificando que se tratava de uma estratégia para evitar a aprovação de um texto de anistia mais amplo aos envolvidos nos atos golpistas de 2022. Pedro chegou a ingressar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal, pedindo a anulação da votação em razão do retorno do voto secreto no plenário. Ele admitiu ter adotado a estratégia errada.

Foco no Senado

João Campos, por sua vez, destacou que já articulou com o senador Cid Gomes (PDT-CE), líder do bloco no Senado, para que a proposta seja integralmente rejeitada na Casa Alta. “No Senado, de forma unânime, nós vamos dar 100% dos votos contra a PEC da Blindagem. E, por fim, digo a vocês: sou contra a PEC e sou totalmente contrário à anistia. Tenho certeza que essa é a posição que contempla o nosso partido”, afirmou.

Cenário político

A fala do prefeito ocorre num momento em que o PSB busca calibrar sua atuação nacional, diante das críticas de setores da sociedade civil e da base governista sobre os impactos da PEC. João Campos adotou um discurso de oposição frontal à medida, reforçando sua liderança política no Recife e no partido.

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