Israel diz: Hamas quer usar civis como escudo humano
Palestina avisa que 2,2 mil palestinos foram assassinados
Uma guerra de pólvora e discursos

Uma guerra de pólvora e discursos. Assim se desenha o conflito travado entre Israel e Hamas, grupo islâmico da Palestina, há oito dias. A Embaixada Brasileira de Israel informou, por volta das 15h deste sábado (14), ter “provas de que o Hamas está bloqueando as rotas de evacuação em Gaza para evitar que os civis se dirijam ao sul e, assim, poderem continuar usando-os como escudo humano”.
Segundo a Embaixada, o bloqueio da estrada se dá após Israel pedir que os civis saíssem do Norte de Gaza, onde se daria o confronto, e se dirigissem ao Sul. Pelo ultimato de Israel, a população deveria ter saído de suas casas desde às 18h da última sexta-feira (13).

Israel prorrogou o prazo para as 10h deste sábado, mas, ainda assim, o deslocamento de 1,1 milhão de pessoas de uma área para a outra não é fácil - é uma população quase do mesmo tamanho da população do Recife.
“Israel pediu aos civis que saíssem do norte de Gaza em direção ao sul para que se afastassem da zona de conflito e ficassem em segurança”. “Hamas disse aos civis que ficassem na zona de perigo e agora estão bloqueando as rotas para o sul a fim evitar que os civis se salvem. Hamas é um perigo para israelenses e palestinos”, disse o texto, num dos canais de comunicação oficial
A Embaixada da Palestina no Brasil estampou números em sua comunicação, sem dizer claramente quem tinha sido responsável pelas mortes.
“2.269 palestinos assassinados: 2.215 na Faixa de Gaza (pelo menos 724 crianças e 458 mulheres) e 54 na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental (incluindo 4 crianças)”. O texto continua: “8.824 palestinos feridos: 8.714 na Faixa de Gaza (incluindo 1.644 crianças e 1.005 mulheres) e 1.100 na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, incluindo 62 crianças”.
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