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Política

Homicídios em Pernambuco: Sinpol contesta dados do Governo e paralisa atividades

Protesto contesta condições de trabalho e denuncia “o pior salário do país”


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Imagem ilustrativa da imagem Homicídios em Pernambuco: Sinpol contesta dados do Governo e paralisa atividades
Áureo Cisneiro visitou a Delegacia do Cabo de Santo Agostinho para mostrar realidade à população. Na imagem, ele mostra como o cômodo do ar condicionado está tomado de mofo |  Foto: Sinpol/Divulgação

O Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) apresentou, nesta quinta-feira (5), números de homicídios no estado diferentes dos que foram apresentados em balanço pelo Governo do Estado.

Os dados foram anunciados no dia da paralisação de advertência de 24 horas da categoria, que protesta por melhores salários e condições de trabalho. A mobilização começou às 7h desta quinta-feira e terminará nesta sexta-feira às 7h.

“A Polícia Civil de Pernambuco ganha o pior salário do País. Não dá mais para continuar nesse faz de conta (...) Não mudou nada em relação ao governo anterior, nem sequer as diretrizes do programa de segurança. Inclusive, temos o mesmo secretário que faliu o Pacto pela vida, Alessandro Carvalho”, criticou o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.

Nos cinco primeiros meses do ano, Áureo Cisneiros disse que ocorreram 1.610 homicídios em Pernambuco. Um aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 1.468 homicídios.

“A violência é o problema mais urgente hoje do povo Pernambucano. Ninguém aguenta mais tanta violência. E o sindicato tem essa missão, sabe por que? Porque também estão morrendo policiais. O crime organizado está afrontando o Estado”, atacou.

Segundo os números do Governo do Estado, houve uma redução de 11,6% de homicídios em maio passado, caindo de 301 para 266 em relação ao mesmo período do ano passado.

Contudo, somando com o balanço divulgado no site da Secretaria de Defesa Social dos quatro primeiros meses, a quantidade de crimes violentos que levaram à morte chegou a 1560. Ou seja, o Sinpol contabiliza 50 homicídios a mais no balanço do ano.

Áureo Cisneiros frisou que, mesmo se levar em conta o dado oficial do Governo, os números de homicídios nos cinco primeiros meses do ano são maiores do que os do ano passado. Foram 1.468 de janeiro a maio de 2023 contra 1.560.

Ainda de acordo com a categoria, o Governo do Estado ofereceu apenas reajuste salarial e reposição inflacionária. O valor representa 5% de aumento ao ano até 2026, mas os policiais civis querem 33% de aumento, pagos em três vezes até 2026.

O que está parado?

Com a paralisação anunciada, estão suspensos serviços como a expedição de identidade, diligências de investigações, entrega de intimações, cumprimento de mandados de prisão e registros de boletim de ocorrência, exceto se forem flagrantes de violência contra a mulher e de roubos e furtos de veículos

O Sinpol informou que também estão sendo realizadas audiências de custódia e exames e laudos em casos de lei Maria da Penha e estupros. Para isso, nas entradas da delegacia, foram colocados avisos para a população sobre o movimento.

Um grupo de policiais civis se reuniu em frente ao Instituto de Medicina Legal. Aqui, o serviço não parou, mas foi feito em operação padrão, o que deixou a liberação dos corpos mais lenta. Toda a operação foi acompanhada por equipes da TV Tribuna PE/Band (canal 4.1).

Imagem ilustrativa da imagem Homicídios em Pernambuco: Sinpol contesta dados do Governo e paralisa atividades
Área usada para tomar banho na delegacia do Cabo de Santo Agostinho |  Foto: Sinpol/Divulgação

A decisão de parar as atividades por um dia foi tomada depois que as negociações com o Governo do Estado não avançaram.

“A categoria também exige melhores condições de trabalho nas delegacias. Algumas são prédios alugados, sem conservação, sem limpeza, com mofo. Até água falta pra beber. Os policiais precisam fazer uma " cotinha”, declarou Áureo, que fez uma visita à delegacia do Cabo de Santo Agostinho e mostrou péssimas condições de trabalho enfrentadas diariamente pelos policiais.

“A polícia que investiga os crimes está numa precariedade total. O que a gente quer é que o governo mexa em toda a reestruturação da grade do plano de carro, carreiras e vencimentos”.

Raquel Lyra diz estar confiante na negociação

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), mostrou-se tranquila ao falar sobre a paralisação da categoria:

“A gente está no processo de negociação com todos os servidores de Pernambuco e conseguiu fechar algumas negociações importantes, inclusive com o Sintep. As faixas salariais foram extintas, os sindicatos dos trabalhadores da educação, por unanimidade, aceitou a nossa proposta”, disse, citando o exemplo de uma das categorias que tem o maior poder de força do estado.

Sem citar o Sinpol, Raquel Lyra disse que acredita num avanço das negociações com “as forças operacionais que lida com a SDS”.

“Nós estamos indo ao nosso limite naquilo que a gente pode conceder de reajuste salarial, fazendo, inclusive, uma proposta de trienal, que envolve os anos de 2024, 2025 e 2026. Estamos muito confiantes, esperamos contar com a sempre colaboração (2:43) da Polícia Civil. A gente tem certeza absoluta que, afinal disso tudo, vai conseguir fechar o entendimento e fazer a aprovação do projeto de lei na Assembleia Legislativa, ainda durante esse primeiro semestre de 2024”.

Toda cobertura pode ser acompanhada na 1º edição do Jornal da Tribuna, que começa a partir das 13h, de segunda a sexta-feira.

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