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Polícia

Tecnologia 3D e novas provas podem mudar rumo de caso envolvendo policiais do Bope

Advogados argumentam que a detenção é injustificada e reivindicam a libertação imediata dos PMs


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Imagem ilustrativa da imagem Tecnologia 3D e novas provas podem mudar rumo de caso envolvendo policiais do Bope
Raquel Correia e Rodrigo Almendra asseguram que legítima defesa ficará comprovada em reconstituição 3D |  Foto: Reprodução da TV Tribuna/Band

Seis policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Pernambuco tornaram-se réus por sua suposta participação na morte de dois homens, Bruno Henrique Vicente da Silva e Rhaldney Fernandes da Silva Caluete, ocorrida em 20 de novembro de 2023, na comunidade do Detran, bairro da Iputinga, no Recife. O caso, que ganhou repercussão por envolvimento em acusações de invasão de domicílio, fraude processual e descumprimento de missão, pode ter uma reviravolta após novas provas apresentadas pela defesa dos acusados.

Os policiais Carlos Alberto de Amorim Júnior, Ítalo José de Lucena Souza, Josias Andrade Silva Júnior, Brunno Matteus Berto Lacerda, Rafael de Alencar Sampaio e Lucas de Almeida Freire Albuquerque Oliveira estão atualmente em prisão preventiva. Seus advogados argumentam que a detenção é injustificada e reivindicam a libertação imediata dos réus.

Legítima defesa e contradições nos depoimentos

Segundo o advogado Rodrigo Almendra, que representa alguns dos réus, a defesa trouxe depoimentos de delegados antecipadamente, esclarecendo aspectos importantes do caso para a Corregedoria da Polícia Militar.

Nós trouxemos o depoimento de todos os delegados que compuseram a força-tarefa de forma antecipada para o processo criminal. Isso porque, inicialmente, eles só prestariam o depoimento em janeiro de 2025. Mas esse depoimento foi antecipado para a Corregedoria da Polícia Militar do Estado de Pernambuco e lá eles prestaram esclarecimentos muito importantes para a defesa, inclusive demonstrando a existência de um confronto dentro da residência e da atuação em legítima defesa dos policiais do Bope. Rodrigo Almendra, Advogado dos réus

Almendra também argumenta que houve uma distorção na interpretação de vídeos usados como prova. De acordo com ele, a sequência das imagens foi exibida de forma invertida, o que causou um "tumulto de opinião pública".

“Como as imagens foram passadas inicialmente, foram feitas de uma forma distorcida. Deu-se a entender que, inicialmente, os policiais teriam dito ‘Mata os caras!’. Na verdade, as imagens mostram primeiro o ingresso dos policiais com uso de um aríete, apropriado para entrar em casas, seguido do confronto armado. E a frase ‘Pega os caras!’ foi dita no contexto de socorro, segundo a perícia de áudio.”

Uso do aríete e testemunhos divergentes

A advogada Raquel Correia destacou que o Bope precisou utilizar um aríete – um equipamento de ferro pesado – para arrombar a porta da residência, o que, segundo ela, contradiz as alegações de que as vítimas foram surpreendidas.

Foram usadas doze pancadas de aríete para ingressar na residência. Imagina o calibre da porta! Então, a alegação de que as vítimas estavam dormindo ou jogando videogame no momento da abordagem não se sustenta. Raquel Correia, Advogada dos réus

Raquel Correia reforçou que as ações dos policiais se deram em resposta a uma denúncia de tráfico de drogas e que o confronto foi inevitável.

Feridos e resgate para UPA

Imagem ilustrativa da imagem Tecnologia 3D e novas provas podem mudar rumo de caso envolvendo policiais do Bope
Ação dos PMs foi registrada por uma câmera de segurança |  Foto: Reprodução/Redes Sociais

As câmeras de segurança registraram o momento em que os policiais arrombam a porta e entram na casa. Três mulheres e duas crianças que estavam no local foram retiradas antes do confronto. O vídeo mostra também os policiais carregando os feridos enrolados em lençóis até uma viatura. De acordo com a defesa, não havia maca disponível no momento.

Foi comprovado, de acordo com os exames periciais, que houve confronto armado no local, com tiros disparados de dentro para fora e de fora para dentro. As vítimas estavam respirando, e a melhor forma encontrada para levá-las à UPA foi enrolá-las em lençóis e edredons, Raquel Correia, Advogada dos réus

A advogada acrescentou que ambos chegaram com vida à unidade de saúde:

“O médico responsável por atender aos pacientes atestou em depoimento que eles foram admitidos na sala vermelha com sinais vitais.”

Protestos e reconstituição em 3D

Após a morte dos dois homens, na época, moradores da comunidade do Detran organizaram protestos, incluindo o incêndio de um ônibus na BR-101. Agora, a defesa aposta em uma reconstituição dos fatos utilizando tecnologia 3D, que deve ser apresentada em breve à Justiça.

A reconstituição em 3D vai demonstrar o que efetivamente aconteceu, porque, até agora, só se teve acesso a recortes de rede social. Com essa simulação, queremos esclarecer como e por que os policiais agiram em legítima defesa, Rodrigo Almendra, Advogado dos réus

A defesa argumenta que a prisão preventiva é baseada em "clamor social" e não em provas concretas. Almendra finaliza pedindo que a Justiça analise as novas evidências:

“Hoje, não existe mais nada que justifique a prisão desses policiais, que pertencem a uma força de elite e se entregam 100% à sociedade.”

O caso, que provocou grande comoção, pode ter desdobramentos no Ministério Público e no Poder Judiciário. A denúncia do MPPE apontou que as vítimas não reagiram à ação dos policiais. Foi contrária ao inquérito da Polícia Civil, que concluiu que os PMs atiraram por legítima defesa.

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