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Polícia

Secretário de Defesa Social de Pernambuco informa: incêndio pode ter sido criminoso

Segundo Alessandro Carvalho, as chamas atingiram duas casas ao mesmo tempo


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Imagem ilustrativa da imagem Secretário de Defesa Social de Pernambuco informa: incêndio pode ter sido criminoso
De acordo com a assessoria do União Brasil, existe a possibilidade de o incêndio ter sido provocado por motivações político-partidárias |  Foto: Divulgação

O secretário estadual de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou haver indícios de incêndio criminoso em duas casas de praia pertencentes à família do novo presidente nacional do União Brasil (UB), Antônio Rueda. Os imóveis estão localizados em Toquinho, situado no município de Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco.

“Há indícios, mais do que suficientes, que sim, que o incêndio teria sido criminoso, porque foram em duas residências ao mesmo tempo. Estamos coletando imagens de câmeras de segurança do condomínio nas casas dos arredores”, afirmou o secretário, acrescentando que os autores do suposto crime ainda não foram identificados. Ainda não se confirmou se há motivação política.

“Nós vamos nos empenhar para dar uma resposta técnica, no mais curto espaço de tempo possível, para não deixar esse crime sem resposta”, acrescentou o secretário durante entrevista coletiva que deu nesta manhã", destacou.

A posição do secretário foi dada um dia depois de a família Rueda solicitar "uma rigorosa investigação" do caso à Polícia Civil. De acordo com informações divulgadas pela assessoria da União Brasil, existe a possibilidade de o incêndio ter sido provocado por motivações político-partidárias.

O incêndio tomou as salas dos dois imóveis na noite de segunda-feira (11). Uma das residências pertence ao próprio Rueda, recém-eleito presidente do partido em 29 de fevereiro, enquanto a outra é propriedade de sua irmã, Maria Emília de Rueda, que ocupa o cargo de tesoureira no União Brasil.

Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas afetaram as salas de ambas as propriedades, mas não houve feridos. Não havia ninguém nas residências. O novo presidente da União Brasil suspeita que seu adversário político, o deputado federal Luciano Bivar (União-PE), é um suspeito, e disse que vai lutar pela sua cassação.

A defesa de Rueda solicitou ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um inquérito contra Bivar, frisando haver uma “pluralidade de indícios”, que apontam para envolvimento do deputado nos incêndios.

Devido ao privilégio de foro de Bivar como deputado, a matéria será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes mesmo do incêndio e do aumento da tensão entre os líderes, Antônio Rueda havia acionado o sistema judicial para solicitar uma investigação sobre Luciano Bivar por supostas ameaças.

As alegadas ameaças foram comunicadas à Delegacia Especializada de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Distrito Federal.

O caso foi encaminhado ao STF em 5 de março, aguardando a decisão do relator, Ministro Nunes Marques, sobre a autorização da investigação. Rueda afirma que Bivar o ameaçou de morte, assim como a um membro de sua família. Um vídeo, apresentado como prova, teria registrado a voz de Luciano Bivar fazendo tais ameaças.

O que diz Bivar?

Na última segunda-feira, Bivar prometeu acabar com "raça" do adversário e também procurar o STF. O deputado rejeitou qualquer ligação com o incêndio que ocorreu nas residências de seu oponente político. Em coletiva à imprensa, no local, disse que "acabaria com a raça política dele".

"A gente vive em um estado de direito. No momento em que ele diz isso [que vai entrar no STF contra ele, eu também vou entrar. Ele vai ser processado por danos morais".

Bivar contestou as acusações, classificando-as como "ilações", especulações infundadas. Em suas declarações, ele mencionou incidentes anteriores envolvendo pessoas associadas ao presidente Rueda, como um suposto roubo ocorrido em seu apartamento.

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