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Polícia

Réus da "Chacina de Poção" irão a júri popular nesta segunda-feira (11)

Crime acontecido em 2015 tirou a vida de quatro pessoas, incluindo três conselheiros tutelares do município de Poção (PE)


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Imagem ilustrativa da imagem Réus da "Chacina de Poção" irão a júri popular nesta segunda-feira (11)
Conselheiros tutelares vítimas da chacina: Lindenberg Nóbrega; Daniel Farias e Carmem Lúcia |  Foto: Reprodução/internet/FundaçãoMargaridaAlves

Os réus responsáveis pela chamada “chacina de Poção”, ocorrida em 2015, vão a júri popular nesta segunda-feira (11), no Fórum Tomás de Aquino, no Recife. O julgamento acontece a partir das 9h.

O crime aconteceu em fevereiro de 2015, quando três conselheiros tutelares e uma idosa de 63 anos foram assassinados a tiros em uma emboscada em uma estrada do Sítio Cafundó, no município de Poção, no agreste de Pernambuco, a 240 km da capital. Uma menina na época com 3 anos de idade, e que estava no carro dos conselheiros tutelares no momento do ataque, foi a única sobrevivente da chacina.

Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54 anos. A senhora que morreu na chacina era Ana Rita Venâncio, de 63 anos, avó materna da criança que sobreviveu.

A oficial de justiça Bernadete Siqueira Britto de Rocha, de 52 anos, é avó por lado paterno da criança sobrevivente. Ela foi apontada como mandante da chacina por não concordar com o posicionamento do Conselho de Tutelar que retirou do filho de Bernadete a guarda da criança, após a separação dele e da nora da acusada.

CONCLUSÕES DO INQUÉRITO

Segundo a Secretaria de Defesa  Social (SDS-PE) Bernadete exercia a guarda da neta, vítima sobrevivente da cena do crime, cuja guarda oficial era do pai, José Cláudio de Britto Siqueira Filho, de 32 anos à época. A oficial de justiça manteve, através do filho, a disputa judicial pela guarda com a família materna da criança. As brigas entre as famílias eram caracterizada por intensa rivalidade, ameaças e até agressões, segundo a polícia.

Ainda de acordo com a polícia, Bernadete planejava o crime desde novembro de 2014, quando ela chegou a alienar a residência da família para, com isso, conseguir dinheiro para financiar a execução do crime. Bernadete Rocha teria pago R$ 45 mil pela execução do crime. 

Para o delegado de Polícia Civil responsável pelas investigações, Erick Lessa, havia duas motivações para o crime, a guarda da criança e as desavenças já existentes entre as duas famílias. A avó paterna é suspeita ainda de ter matado a mãe da criança por envenenamento, em dezembro de 2012.

Segundo o inquérito, Bernadete contou com o apoio do advogado e amigo íntimo, José Vicente Pereira Cardoso da Silva, de 59, que junto ao detento da Penitenciária de Arcoverde, Leandro José da Silva, de 25, conhecido como Léo da Coca, fez a interação com os executores, Égon Augusto Nunes de Oliveira, de 27, e Wellington Silvestre dos Santos, 27 anos, conhecido como Chaves. Leandro ainda manteve contato com Orivaldo Godê de Oliveira, conhecido como Zeto, e Ednaldo Afondo da Silva, que auxiliaram e facilitaram a fuga dos executores.

Os acusados responderão por quatro homicídios duplamente qualificados e podem pegar até 210 anos de prisão. Já o filho de Bernadete, José Claudio, não foi indiciado por, segundo a Polícia, não haver elementos que comprovem envolvimento na chacina.

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