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Polícia

Racismo e vandalismo: casal é denunciado por crimes no Recife

Depois de mulher chamar uma filha de santo de “negra sebosa”, homem depreda jardim montado


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Imagem ilustrativa da imagem Racismo e vandalismo: casal é denunciado por crimes no Recife
A queixa está em andamento na Central de Plantões da capital. A Polícia Civil ainda não se pronunciou. |  Foto: Reprodução de imagem enviada ao Tribuna Online

Um casal de moradores da Rua Diógenes Sampaio, em Jardim Petrópolis, comunidade do bairro da Várzea, Zona Oeste do Recife, está sendo denunciado nesta quarta-feira (3), por crime de racismo, dano e ameaça. A queixa está em andamento na Central de Plantões da capital. A Polícia Civil ainda não se pronunciou.

Imagens em vídeo registraram o momento em que o homem usa uma marreta para depredar, nesta manhã, um jardim montado para férias da criançada na localidade por filhos de Santo de um terreiro.

Antes do registro da depredação, o homem chegou a dizer que o espaço (onde havia pneus reutilizados e pintados, banquinho, vasos de planta e geladoteca) iria atrair marginais para a comunidade.

Segundo afirmação de uma das vítimas, a violência se agravou um dia depois de a mulher dele, de procedência alemã, chamá-la de “negra sebosa” e lhe desferir outras injúrias que a deixaram envergonhada.

Em entrevista ao Tribuna Online, a advogada Patrícia Teodósio, do projeto Oxé, frisou que tudo começou porque o local escolhido pela comunidade para instalar o jardim foi um terreno público onde ele estacionava o carro diariamente. Esse terreno fica atrás da residência do casal, não pertence a ele, mas é tratado como se fosse.

Uma das vítimas contou que as agressões mais violentas ocorreram exatamente no dia em que a inauguração do jardim seria feita.

“Ele disse que local chamaria para assalto de marginais, mas somos nós que usamos o lugar, que sempre estamos ali o tempo todo. Então, significa que ele disse que os marginais somos nós, porque a gente que freqüenta, a comunidade que freqüenta, não é ninguém de fora. A gente mora ali há muito tempo e nunca teve assalto”, disse uma das vítimas.

Patrícia Teodósio disse estar baseada no artigo 20 da Lei nº 7.716, de 5-1-1989, com a redação dada pela Lei nº 9.459, de 13-5- 1997.

Segundo ela, a norma jurídica prevê reclusão de um a três anos e multa a conduta de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raçà, etnia, religião ou procedência nacional.

“São várias camadas de crimes cometidos associados ao fator da raça, como também ao fator do racismo religioso. Vale ressaltar que, no Brasil, o crime de racismo é inafiançável e imprescritível”, acrescentou a advogada Karoline do Monte, também do projeto Oxé, da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, em parceria com o Gajop.

O casal acusado não foi localizado pela reportagem do Tribuna Online. O caso ainda está em andamento. A Polícia Civil decretou paralisação de um dia de atividades e as vítimas aguardam para preencher o boletim de ocorrência.

Veja matéria televisiva feita por Simone Santos, abaixo, na 1ª edição do Jornal da Tribuna PE, comandado por Moab Augusto.


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