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Polícia

Promotoria avisa, por mensagem, que acusado de matar o pai será absolvido

Assistente de acusação diz que recebeu mensagem pelo celular


Imagem ilustrativa da imagem Promotoria avisa, por mensagem, que acusado de matar o pai será absolvido
Assistente de acusação, Carlos André Dantas se diz preocupado com postura de promotores |  Foto: Portal da Tribuna Online PE

O assistente de acusação Carlos André Dantas questionou, no início da tarde desta terça-feira (24), a decisão do Ministério Público de avisá-lo, antes de o julgamento ter iniciado, que pedirá a absolvição do engenheiro civil Danilo Paes Rodrigues. O réu havia sido indiciado por ter ajudado a mãe, a farmacêutica Jussara Rodrigues, a matar o próprio pai, o médico cardiologista Denirson Paes.

O julgamento de Danilo começou hoje, no Fórum de Camaragibe, cidade na Região Metropolitana do Recife. O crime ocorreu no dia 31 de maio de 2018. Aos 54 anos, o médico Denirson Paes foi morto, esquartejado, queimado e os vestígios do seu corpo foram jogados no poço da propriedade, um condomínio de luxo localizado no quilômetro 13 de Camaragibe.

A motivação do crime seria um pedido de divórcio. O corpo foi localizado no dia 4 de julho de 2018 e a mãe já foi condenada. O julgamento dela e do filho foram separados por interesses conflitantes.

Foro íntimo

O advogado Carlos André explicou, em entrevista à repórter Simone Santos, da TV Tribuna, que o promotor de Justiça inicialmente designado para o caso foi afastado, alegando foro íntimo, após ter o nome publicado no Diário Oficial.

Ele ainda frisou que teria recebido uma mensagem da promotoria local, dizendo que o réu seria absolvido. A informação foi divulgada no Programa Ronda Geral, conduzido por Moab Augusto.

Carlos André Dantas entrou com requerimento no início da manhã de hoje, pedindo esclarecimentos sobre o caso à juíza Marília Falcone Gomes Lócio, mas ela indeferiu.

“A três dias do júri, o promotor de Justiça designado para este caso foi afastado, alegando foro íntimo. E o promotor titular da causa daqui, da vara, passou uma mensagem para mim dizendo que vai pedir absolvição, faltando dois dias do julgamento”, declarou, sem citar o nome do promotor.

O advogado assistente se disse preocupado e precisava entender os motivos. “O processo está recheado de provas”, frisou ele, defendendo a posição de que o réu é culpado.

A defesa do réu

O advogado de defesa do réu, Rafael Nunes, por sua vez, estava bastante confiante na absolvição de Danilo. Ele informou que o testemunho de Jussara, que alegou ter matado o marido sozinha, é sustentado por provas. Rafael conseguiu que Danilo respondesse às acusações em liberdade.

“Ele teve o comportamento de uma pessoa que não aguenta mais. Danilo está no limite, não aguenta mais essa tortura psicológica”.

Para Rafael Nunes, os fatos são extremamente favoráveis à defesa, inclusive conta com testemunhos favoráveis das pessoas que trabalhavam na casa.

“O primeiro perito claramente estava comprometido em acusar, se perdeu o tempo inteiro, ficou muito claro. O segundo foi completamente imparcial, deu explicações técnicas, dizendo que tudo que Jussara explicou tinha sustentação. Hoje, uma policial foi ouvida aqui totalmente contaminada. Tenho certeza de que vamos absorver Danilo”, declarou.

A chegada do réu

Danilo Paes chegou ao Fórum de Camaragibe pouco antes das 8h, nervoso. Proferiu xingamentos à imprensa, tentou chutar um cinegrafista e disse que ia provar a inocência.

O engenheiro civil vem fazendo críticas aos jornalistas que cobrem o caso desde o início. Cinco meses após ser solto da prisão preventiva, em 2018, ele criticou os rumos dos noticiários locais. O advogado Rafael Nunes, por sua vez, pediu desculpas pelo cliente.

“Ele teve o comportamento de uma pessoa que não aguenta mais. Danilo está no limite, não aguenta mais essa tortura psicológica”, declarou.

Conheça mais o caso

Após ser assassinado, o corpo de Denirson foi encontrado esquartejado no dia 4 de julho daquele ano, dentro de um poço em um condomínio de luxo em Aldeia, no quilômetro 13 de Aldeia, município de Camaragibe, com partes carbonizadas. A esposa, a farmacêutica Jussara Rodrigues, e o filho mais velho, Danilo Paes, foram indiciados pela Polícia.

Os vestígios mortais, encontrados no interior da cacimba, que estava selada, foram cuidadosamente encobertos por uma combinação de cloro líquido, pastilhas, areia, concreto e fragmentos de metal. A investigação apontou que o motivo do assassinato teria sido um pedido de divórcio.

Jussara Rodrigues, mãe de Danilo, foi condenada a 19 anos e oito meses de prisão em 2019 pelo envolvimento no crime e está cumprindo pena. Ela negou participação do filho no homicídio, o que não é corroborado pela acusação.

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