Professora morta em Ipojuca iria depor em investigação sobre desvio de verbas
Simone Marques, assassinada na terça-feira (28), trabalhava em faculdade que recebeu valores elevados de esquema fraudulento
Com informações apuradas pela repórter Simone Santos, da TV Tribuna
A reportagem da TV Tribuna vem acompanhando o caso da professora Simone Marques, de 46 anos, que foi assassinada na tarde desta terça-feira (28) em Ipojuca. A polícia trabalha com várias linhas de investigação, e ainda não se pronunciou oficialmente sobre os autores e a motivação do crime.
A repórter Simone Santos tentou conversar com familiares, vizinhos e conhecidos da professora, mas existe um desconforto das pessoas em falar sobre as possíveis causas para o assassinato da professora. Outro fator que dificulta, mas não impede investigações, é que a polícia não encontrou câmaras de segurança na rua onde aconteceu o crime. Apesar do clima de mistério, um novo viés surgiu no radar da polícia.
A professora Simone Marques, iria depor na tarde desta quarta-feira (29) na delegacia de polícia de Porto de Galinhas. Ela seria ouvida no âmbito da investigação da Operação Alvitre, que apura desvio de verbas públicas para empresas de fachada, através de emendas parlamentares da Câmara Municipal de Ipojuca. Os desvios são de cerca de R$ 7 milhões e teriam acontecido em 2024.
PRESOS E FORAGIDOS
Uma das empresas beneficiadas no esquema, seria o Instituto de Gestão e Políticas Públicas para o Nordeste (IGPN), localizado em Cetende, município da Mata Sul, e que não prestou parte dos serviços para os quais foi contratado. O IGPN, segundo a investigação, teria terceirizado parte de suas obrigações contratuais através do Instituto Nacional de Ensino, Sociedade e Pesquisa (Inesp), nome oficial da Faculdade Novo Horizonte, localizada em Ipojuca.
A professora Simone Marques trabalhou nessa faculdade, levando a polícia acreditar que a morte da professora pode ter sido um caso de queima de arquivo. Talvez ela tivesse informações que pudessem comprometer os investigados. Há três pessoas investigadas presas (sendo duas advogadas) e outras três pessoas foragidas, todos empresários ligados ao IGPN e a Faculdade Novo Horizonte.
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