Polícia prende comerciantes e recolhe 3,5 mil armas de gel no comércio do Recife
Produtos não tinham identificação de origem e alguns traziam na embalagem selo do Inmetro de forma irregular
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Agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, da Polícia Civil de Pernambuco, abordaram cinco lojas localizadas no Bairro do São José, no Recife, que comercializavam armas de balas de gel e o resultado foi cinco comerciantes presos em flagrante e 3.510 dessas armas apreendidas. A operação aconteceu na última sexta-feira (13) mas só foi divulgada nesta terça-feira (17).
Segundo a polícia, a vendas dessas armas não é proibida no Recife (até agora, apenas Olinda e Paulista decidiram proibir a comercialização) mas a apreensão das pistolas e a prisão dos cinco comerciantes se deram porque os responsáveis pelos produtos não apresentaram notas fiscais de compra da mercadoria, o que configura origem indefinida e sonegação de impostos. Os comerciantes tiveram a prisão decretada mas pagaram fiança e foram colocados em liberdade. A polícia não divulgou os nomes dos presos e nem o valor da fiança.
REGISTRO COMO BRINQUEDO
Outra irregularidade encontrada pela polícia é que algumas armas traziam na embalagem um selo do Inmetro que atestava a segurança do produto. Este selo é obrigatório para artigos importados mas é destinado a brinquedos, e, segundo o Instituto de Pesos e Medidas (IPEM), que representa o Inmetro em Pernambuco, as armas de bala de gel não são consideradas brinquedos o que cacterizou uso indevido do registro do Inmetro.
De acordo com o Centro Integrado de Operações de Defesa Social, Pernambuco contabilizou 218 acionamentos da polícia para situações envolvendo armas de gel desde o início de dezembro.
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