Polícia desarticula quadrilha que atuava na Mata Sul e planejava eleger prefeito
Organização que atuava no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro era comandada por um presidiário
A Polícia Civil de Pernambuco, através da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado, deflagrou a Operação Manguezais, para desarticular uma organização criminosa que atuava no tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes. Segundo a polícia, a investigação começou no final de 2022, tendo como foco um grupo chefiado por um presidiário, que já respondia a outros processos criminais e que estava dominando o tráfico de drogas na região de Rio Formoso, Tamandaré e outras cidades do litoral sul de Pernambuco.
Com o desenrolar das investigações, a polícia identificou ramificações da organização nos Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Ceará, Minas Gerais e Mato Grosso. Havia uma setorização das atividades criminosas, com alas dos grupos atuando diretamente no tráfico, lavagem de dinheiro e na intimidação e guerra pelo domínio de áreas onde estabeleceram pontos de vendas e drogas.
ORDENS VINHAM DE PRESÍDIOS
A polícia informou ainda que parte dos membros da quadrilha já cumprem penas em presídios de Pernambuco, Ceará e Paraíba, alguns deles presos ainda durante a fase de investigações. Ao todo, 29 presos foram envolvidos, todos já encaminhados aos sistemas prisionais. Foram apreendidos durante as diligências quatro veículos, incluindo uma BMW/X1 S20I M SPORT 2023, 10 aparelhos celulares, um revólver calibre 38, uma réplica de fuzil e R$ 112.000 em espécie, com a realização de uma prisão em flagrante.
A polícia apresentou como uma peculiaridades desta operação o interesse de membros da quadrilha pela política. Um dos líderes pretendia investir financeiramente na campanha política de seu próprio pai para prefeito de um município da Mata Sul do Estado. Foi descoberto também um plano arquitetado no interior de um presídio de Pernambuco para promover distúrbios no Estado, principalmente na Região Metropolitana do Recife, visando derrubar a cúpula da Segurança Pública de Pernambuco em meados do ano passado, como represália às ações que a SDS/PE vinha efetuando e que contrariavam os interesses da organização criminosa.
A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Pernambuco é composta pela Polícia Federal (PF), a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, através das polícias Civil e Militar, a Secretaria de Ressocialização de Pernambuco, através da Polícia Penal, e a Polícia Rodoviária Federal.
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