Polícia Civil indicia Rodrigo Carvalheira por estupro de vulnerável
Esta é a quarta-vez que empresário responde por este tipo de crime
O empresário Rodrigo Dib Carvalheira, 34 anos, foi investigado por mais duas denúncias de violência sexual, porém foi indiciado pela Polícia Civil apenas por uma delas: um estupro de vulnerável, quando a vítima tem menos de 14 anos. O outro crime prescreveu. Ambos ocorreram entre 2005 e 2019, mas foram denunciados em abril deste ano.
O novo indiciamento é fruto de denúncias que chegaram à Delegacia da Mulher, localizada no bairro de Santo Amaro. Os inquéritos da Polícia Civil foram remetidos ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) nesta última quarta-feira (30).
Esta não é a primeira vez que Rodrigo responde por crime sexual. Antes, ele havia sido denunciado por três mulheres, que teriam sido violadas com 16 anos, com 18 e 31 e foi indiciado em três inquéritos.
Em 11 de abril, o empresário foi preso de forma preventiva e chegou a ficar detido por seis dias no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel).
A Justiça, no entanto, decidiu que ele poderia usar tornozeleira eletrônica e responder aos crimes em liberdade. No dia 17 de abril, ele foi denunciado pelo Ministério Público.
Ao todo, Rodrigo Carvalheira pode responder por quatro crimes de estupro, sendo um deles cometido contra pessoa menor de 14 anos. As vítimas eram amigas dele. Três delas contaram ter sido violentadas em momentos de lazer, algumas, receberam um tipo de “boa noite, Cinderela” e apagaram.
"Tudo será apresentado. Sou inocente. São muito minhas amigas e eu acho incrível que esteja acontecendo isso", disse o empresário ao sair da prisão lado da esposa.
A advogada Graciele Queiroz, que fez a defesa do empresário, tendo sido responsável pela sua liberdade provisória, "renunciou aos poderes de representante do empresário e não exerce mais a defesa do mesmo". Ela não explicou os motivos.
Por meio de nota, a defesa do empresário garante que o acusado é inocente. Segundo a defesa, “todas as acusações se baseiam unicamente em declarações das supostas vítimas”, sem “fundamentação sólida”.
De acordo com os advogados do réu, as denunciantes mantiveram “relações sociais contínuas” com o empresário depois dos supostos abusos. A nota é assinada por Dhyego S. Lima, Wilibrando B. de Albuquerque e Thiago Guimarães.
Rodrigo pertence a uma tradicional família pernambucana, que tem empreendimentos relacionados à gastronomia, produção de eventos e imóveis. Ele integrava os quadros do Partido Renovação Democrática (PRD), mas foi expulso.
A reportagem não conseguiu conversar sobre detalhes com a defesa até o fechamento desta matéria, às 19h16.
Veja nota na íntegra da defesa
“A defesa reitera a completa inocência frente a essas acusações que carecem de qualquer prova material e baseiam-se unicamente em declarações das supostas vítimas. Destacamos que todas as alegações apresentadas contra Rodrigo não possuem fundamentação sólida. É imperioso ressaltar que as mesmas pessoas que agora o acusam mantiveram relações sociais contínuas com ele após os alegados e inexistentes crimes, fato que demonstra a ausência de veracidade das acusações", diz o comunicado.
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