Polícia Civil desencadeia Operação "Águia" contra homicidas em Paulista
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão e um mandado de busca e apreensão
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A Polícia Civil de Pernambuco, por meio da 7ª Delegacia de Homicídios de Paulista, deflagrou a Operação "Águia" para cumprir mandados de prisão preventiva contra suspeitos de homicídio com atuação direta no tráfico de drogas e em organizações criminosas.
A ação, realizada com o apoio de aproximadamente 40 agentes das Polícias Civil e Militar, teve como foco a captura de indivíduos apontados como responsáveis por homicídios no município de Paulista.
Durante a operação, foram cumpridos cinco mandados de prisão e um mandado de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Paulista. Os alvos da operação são suspeitos que já haviam sido indiciados por homicídio e respondem judicialmente pelos crimes.
A ação contou com o suporte de equipes da Divisão de Homicídios da Mata Norte (DHMN), da 8ª Delegacia Seccional e do 17º Batalhão da Polícia Militar (BPM), marcando mais uma etapa no esforço da Polícia Civil de Pernambuco para combater o crime e fortalecer a segurança pública no município de Paulista e regiões próximas.
Delegada detalha Operação Águia e o enfrentamento à guerra entre facções em Paulista
A operação policial deflagrada em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, visa combater a violência e o tráfico de drogas nas áreas mais afetadas pela disputa de facções.
De acordo com a delegada Talita Rates, responsável pela Operação Águia, a ação foi desencadeada em resposta à série de homicídios na cidade, que, segundo ela, são resultados de uma guerra entre grupos criminosos pelo controle do tráfico de drogas em bairros como Paratybe, Arthur Lundgren I e II, e Janga.
"A disputa pelo comando do tráfico tem feito vítimas e, por isso, solicitamos ao Poder Judiciário a expedição de mandados de prisão preventiva para os envolvidos. Conseguimos nove mandados e, até o momento, cumprimos cinco", afirmou a delegada. Rates acrescentou que as investigações continuam e que os esforços estão concentrados na captura dos quatro suspeitos ainda foragidos. “As diligências permanecem diariamente, e sabemos que o grupo pode ser ainda maior, com outras pessoas já sob investigação por homicídios e outros crimes na região.”
Suspeitos em fuga e andarilhos
Ao ser questionada sobre o perfil dos suspeitos, a delegada mencionou que alguns deles são considerados "andarilhos" pela dificuldade em localizá-los, já que evitam permanecer em locais fixos para escapar da polícia. "Chamamos de andarilhos por serem pessoas que cometem crimes e estão constantemente em deslocamento, dificultando o trabalho de captura", explicou, ressaltando que esses suspeitos continuam sob investigação e que, por questões de sigilo, os nomes não podem ser divulgados no momento.
Redução de Homicídios como Meta Principal
Um dos principais objetivos da operação, segundo a delegada, é reduzir os índices de homicídios, que têm crescido na cidade. "Já conseguimos ver uma queda nos números este mês, especialmente nas áreas de Paratybe e Arthur Lundgren, onde a violência vinha sendo mais intensa", relatou Rates. A delegada enfatizou que o tráfico de drogas é a principal causa dos assassinatos, com motivações que incluem a disputa territorial e dívidas acumuladas.
Além dos mandados de prisão, a operação também incluiu buscas por armas. Em uma das diligências, um mandado de busca e apreensão foi emitido com o objetivo de localizar uma arma de fogo, mas até o momento, o item não foi encontrado.
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