No Recife, mulher negra acusa segurança de Lojas Americanas de racismo
Em loja fica dentro de shopping de Boa Viagem, onde vendedora teve a bolsa revistada
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A atendente de caixa Ivone Marques da Silva, 26 anos, alegou ter sido vítima de racismo dentro das Lojas Americanas, localizada em um shopping de Boa Viagem.
A jovem disse que foi constrangida ao ser abordada pelo segurança e pedir para mostrar o que havia dentro da bolsa. Ele avisou que teria visto ela furtando algo da loja de departamento.
Contudo, o profissional de segurança e a gerência, ao ser chamada, recusaram-se a mostrar a filmagem para a vítima.
“Eu filmei aqui, no momento que ele abriu minha bolsa viu que não tinha nada. Eu tô vindo aqui falar porque eu quero justiça, porque não é só eu, não. Isso são várias pessoas que passam constrangimento na Americana. E eu não sou nenhuma ladra, sou uma trabalhadora”, declarou, em entrevista à TV Tribuna PE.
Veja reportagem completa na primeira edição do Jornal da Tribuna.
A moça contou que trabalhava há mais de oito anos num restaurante do shopping. “Ninguém apareceu para me dar um apoio, eu estava chorando muito. E simplesmente me deixaram lá como se fosse uma ladra. Tenho certeza que foi racismo, racismo pela minha cor” declarou.
O advogado de Ivone, Kleber Freire, disse que o ato tem características de constrangimento ilegal com características de racismo. O caso ocorreu na sexta-feira e vendedora registrou, nesta terça-feira (5), um boletim e ocorrência por calúnia, constrangimento ilegal e racismo na Delegacia da 7ª Circunscrição, também no bairro de Boa Viagem.
Em nota, a loja de departamento disse lamentar o ocorrido e informou que está "tomando as devidas providências.”
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