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Polícia

Mulheres trans presas por espancar e extorquir homens para comprar hormônio

Vítimas eram atraídas pela internet para encontro e eram ameaçadas com um pitbull e facas. Grupo chegou a faturar R$ 120 mil


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Imagem ilustrativa da imagem Mulheres trans presas por espancar e extorquir homens para comprar hormônio
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, as suspeitas têm 24, 25 e 29 anos |  Foto: Banco de imagens | Pixabay

Nesta terça-feira (30), três mulheres trans foram presas por agredir e extorquir homens que conheciam por meio de um aplicativo de namoro em Olinda, no Grande Recife.

Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram atraídas até uma residência, onde eram espancadas e forçadas a fazer pagamentos por PIX e a dar senhas de cartões de crédito. As ameaças eram feitas com um cachorro da raça pitbull e facas.

Conforme as investigações, a quadrilha extorquiu R$ 120 mil com os golpes, sendo R$ 40 mil para cada uma. Segundo a corporação, as suspeitas têm 24, 25 e 29 anos.

Um quarto integrante da quadrilha — um homem de 18 anos, que seria o responsável por atrair as vítimas e marcar os encontros com elas — também teve a prisão decretada e está foragido.

Em entrevista à TV Globo, a delegada Euricélia Nogueira disse que duas pessoas relataram ter sido vítimas do grupo criminoso. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.

"A partir do momento em que a vítima tirava a roupa, essas mulheres trans invadiam o espaço e aí começava toda a sorte de espancamento, de ameaça, uso de facas. Chegaram a usar, inclusive, um pitbull para intimidar a vítima. (...) Agrediam bastante as vítimas. Uma delas me relatou que passou seis horas em cárcere privado, apanhando, sendo ameaçada de morte", contou a delegada.

Depois das agressões, de acordo com Euricélia Nogueira, as mulheres forçavam os homens a fazer as transferências e a fornecer os dados bancários, incluindo senhas de cartão.

"Elas saíam para fazer compras e iam a estabelecimentos comerciais. Chegaram a comprar R$ 11 mil de cabelo e hormônios numa farmácia em Olinda ", afirmou a delegada.

Além dos espancamentos, conforme apontam as investigações, as mulheres filmavam as vítimas com o rapaz de 18 anos e ameaçavam divulgar as imagens.

"Eles faziam essa extorsão. Pegavam o telefone: 'Estou com o contato de alguém da sua família, sua mulher ou outro familiar, e a gente vai mandar essas fotos, publicar esses vídeos', fazendo com que as vítimas achassem que iam ter sua vida exposta", explicou a delegada.

Das três mulheres trans presas, uma é de Olinda e outra, de Ipojuca, no Grande Recife. A terceira suspeita é de uma cidade do Rio Grande do Norte, onde foi capturada pela polícia.

CUIDADOS

O Brasil é o país que mais utiliza aplicativos de relacionamento no mundo e uma pesquisa feita pela PSafe mostrou que 34,38% dos brasileiros já tiveram algum tipo de relação com pessoas que conheceram virtualmente.

Deste total, 25,5% já foi prejudicado financeiramente em encontros falsos. A pesquisa leva em conta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Confira algumas ficas antes de sair em um encontro por aplicativo:

Faça chamadas de vídeo antes do encontro para saber se a pessoa é real;

Marque encontros em locais públicos e movimentados;

Não repasse informações sobre vestimenta e meio de transporte;

Não envie fotos de documentos;

Informe um amigo ou parente sobre o encontro.

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