Mulher com símbolo da suástica no braço mata vizinha: um dos motivos seria um varal
Acusada responderá ao crime na Colônia Penal Feminina do Bom Pastor
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Uma mulher de 24 anos, Bruna Sueli Ribeiro dos Reis, foi presa no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, por matar uma mulher chamada Yngrid Gabriela Vidal da Silva, de idade não revelada.
Além do homicídio com golpes de faca desferidas contra Yngrid, na Rua João de Deus, chamou a atenção o fato de a criminosa ter uma tatuagem no braço direito de uma suástica, que se tornou símbolo do nazismo e do genocídio contra os judeus.
Bruna foi indagada pela imprensa sobre a motivação do crime e sobre a tatuagem em seu braço, mas não respondeu. Ela foi presa em ação comandada pelo delegado Antônio Campos, tendo sido detida por policiais do 6º Batalhão da PM.
A indiciada carregava no braço o símbolo do ódio. A suástica nazista foi apropriada como um ícone de "identidade ariana" e utilizada na propaganda do movimento liderado por Hitler nas décadas de 1930 e 1940. No Brasil, a sua utilização é configurada como crime.
A acusada e a vítima discutiam bastante por questões banais, como um varal de roupas, que teria sido rompido por um amigo de Yngrid. Ambas também trabalhavam com materiais recicláveis, disputavam espaços na área.
Segundo informações apuradas pela repórter Luciana Queiroz, da TV Tribuna, os vizinhos, indignados com o crime, agrediram Bruna e negaram a versão que ela deu à polícia, de que matou para se defender. A vítima fatal chegou a ser levada para o Hospital de Prazeres, mas não resistiu.
A criminosa passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (29) no Polo de Audiências de Jaboatão dos Guararapes e sua prisão em flagrante foi convertida em preventiva, segundo informações da Assessoria de Imprensa do Tribunal de Justiça de Pernambuco. Ela foi conduzida à Colônia Penal Feminina do Bom Pastor.
Sobre a suástica
A suástica, símbolo milenar com diversas interpretações positivas em culturas antigas, teve sua história manchada pela apropriação nefasta do Partido Nazista sob a liderança de Adolf Hitler.
Compreender a utilização deste símbolo por Hitler exige um mergulho em um contexto histórico complexo, marcado por nacionalismo exacerbado, pseudociência racista e propaganda enganosa.
Distorção simbólica: os nazistas reinterpretaram a suástica como um símbolo de pureza racial, força ariana e luta contra os "inferiores". Essa distorção ignorava completamente os significados originais do símbolo, que variavam desde boa sorte e prosperidade até o ciclo solar e a divindade.
Propaganda e identidade visual: a suástica se tornou um elemento central da propaganda nazista, estampada em bandeiras, uniformes, emblemas e materiais de divulgação.
Sua presença constante visava incutir nos alemães a ideia de unidade nacional, força e superioridade racial sob o regime nazista.
Consequências devastadoras:
Associação com o terror nazista: a suástica se tornou inseparável do regime nazista e seus crimes hediondos, como o Holocausto, a perseguição a minorias e a Segunda Guerra Mundial. Essa associação macabra manchou a imagem do símbolo para sempre, gerando repulsa e medo em grande parte do mundo.
Símbolo de Grupos de Ódio: a suástica continua sendo utilizada por grupos neonazistas e supremacistas brancos como um símbolo de ódio, intolerância e violência. Essa apropriação indevida reforça a necessidade de combater o racismo e a discriminação em todas as suas formas.
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