Mulher baleada em motel de Garanhuns por ex-vereador pede indenização milionária
Jovem de 23 anos que levou 5 tiros e está em recuperação pede R$ 500 mil por danos morais e materiais
A mulher de 23 anos, que foi baleada cinco vezes por um ex-vereador, na saída de um motel, em Garanhuns, no Agreste, no mês passado, depois de um longo período internada para se recuperar dos ferimentos, entrou na justiça com um pedido de indenização. Ela pede R$ 500 mil por danos morais e materiais.
O atirador, Luciano de Souza Cavalcanti, 59, ex-vereador de Tupanatinga, foi detido ainda no motel e está preso preventivamente desde o mês passado por tentativa de feminicídio. No pedido de reparação pelo atentado, os advogados da vítima alegam que a jovem precisou interromper os estudos e está impossibilitada de exercer outras atividades, poIs atualmente depende de terceiros para realizar até a própria higiene pessoal.
Faz parte ainda da petição dos advogados os gastos constantes que a vítima está tendo no processo de recuperação da saúde como despesas com curativos, remédios, fraldas descartáveis e com a remuneração de uma técnica de enfermagem. O pedido de reparação de, no mínimo, R$ 500 mil será avaliado pelo Ministério Público de Pernambuco, que deve oferecer parecer favorável ou não favorável ao pedido. Se aceito o pedido, o valor final da indenização será estabelecido dentro da eventual sentença condenatória.
COMO ACONTECEU
Conhecido como Luciano Lolô, o ex-vereador foi preso no dia 6 de março após atirar 5 vezes na mulher que havia levado para o motel, com mais duas amigas, por volta das 3h20. O caso teve repercussão nacional por conta das imagens de câmera de segurança que mostram o vereador sacando a arma e atirando friamente em direção a mulher . A jovem levou os tiros no momento em que suas colegas estavam pedindo um aplicativo para sair do local, em frente ao portão, cerca de uma hora após a chegada.
Luciano de Souza Cavalcanti passou por audiência de custódia no dia 10 de março, ocasião em que foi determinada sua prisão preventiva na Cadeia Pública de Garanhuns. A defesa do ex-vereador de Tupanatinga argumentou que ele tinha sido diagnosticado com esquizofrenia paranoide desde novembro de 2024.
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