Ministério Público devolve inquérito do caso Arthur e pede mais investigações
MPPE quer apurar inclusive a situação da mãe do menino de 2 anos que deixou o filho aos cuidados de um casal suspeito de assassiná-lo
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O Ministério Público de Pernambuco devolveu a Polícia Civil do Estado o inquérito policial que apura a morte da criança Arthur Ramos Nascimento, de 2 anos de idade, morta pelos vizinhos que estavam no papel de cuidadores da criança. O caso aconteceu no dia 16 de fevereiro último, em Tabira, Sertão de Pernambuco. O inquérito foi devolvido com o pedido de aprofundamento das investigações para esclarecer os fatos.
"A complexidade dos fatos exigiu que ampliássemos as diligências, as quais são vitais para desvendar os pormenores deste crime e assegurar que todos os envolvidos sejam responsabilizados. Não mediremos esforços para chegar à verdade e garantir que a justiça prevaleça", disse em nota Rennan Fernandes de Souza, promotor de Justiça.
Um dos pontos a ser esclarecido é a situação de Giovanna Ramos, a mãe do pequeno Arthur, no caso. Arthur estava sob os cuidados de Antônio Lopes Severo, de 42 anos, e de Giselda da Silva Andrade, de 30 anos, desde dezembro do ano passado a quem a mãe entregou o filho para poder trabalhar em outra cidade.
O menino foi encontrado por uma vizinha na residencia do casal de cuidadores. Ela percebeu marcas de agressão e cortes pelo corpo da criança e acionou a Polícia Militar. Arthur chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimento. Quando a notícia da morte da criança se espalhou, o casal Antônio Lopes e Giselda fugiu da cidade. Dois dias depois eles foram encontrados pela Polícia Militar em Carnaíba, também no Sertão e levados de volta para Tabira. Ao chegarem na cidade, uma multidão esperava pelos suspeitos. Antônio Lopes foi retirado à força da viatura policial pela população e foi espancado violentamente. Ele chegou a ser socorrido mas acabou morrendo por conta do linchamento. A esposa dele, Giselda, está presa.
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