“Lázaro de Pernambuco" condenado a mais de 43 anos de prisão
Júri Popular aconteceu nesta quarta-feira na comarca de Glória de Goitá, na Mata Norte do estado
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O Júri Popular de Edson Cândido Ribeiro, 37 anos, conhecido como "Lázaro pernambucano ou Lázaro de Pernambuco", foi condenado por um Júri Popular, nesta quarta-feira (17), na comarca de Glória de Goitá, na Mata Norte do estado, a 43 anos e oito meses de prisão em regime fechado. O caso foi coberto pela TV Tribuna/Band (canal 4).
O homem ganhou o apelido devido aos crimes cometidos, à demora em sua localização, à considerável mobilização policial e aos dias em que conseguiu fugir das autoridades, semelhante ao Lázaro Barbosa, de Goiás. Há dois anos, a família das vítimas vive e revive os episódios.
Edson Cândido é réu por feminicídio de sua ex-companheira e réu por outro homicídio, que envolveu estupro. Nesta quarta-feira, contudo, ele foi julgado apenas por um dos crimes: o homicídio da agricultora Jailma Muniz da Silva, que tinha 18 anos. Ela teria sofrido abuso sexual e foi morta no momento em que levava o café da manhã de sua mãe na lavoura.
A surpresa
O réu chegou ao Júri de cabelo cortado e assistiu ao início do julgamento de cabeça erguida, sem exibir emoções. Antes de ser acusado de matar duas mulheres, ele já havia sido preso por roubo e estupro, tendo sido liberado antes de cumprir a totalidade da pena. Foi quando teria cometido novos crimes e mais cruéis.
O julgamento foi comandado pelo juiz Gabriel Araújo Pimentel. O condenado respondeu às acusações de estupro, roubo, homicídio triplamente qualificado, por ter matado por motivo torpe, impossibiltando a defesa da vítima e ocultando seu cadáver. A mãe foi a primeira a encontrar o corpo de Jailma, que estava despido e com sinais de violência sexual.
Edson Cândido ainda responderá, em outro julgamento, por feminicídio: Kauany Mayara Marques da Silva, de 19 anos. Ela era sua companheira. Foi morta por não querer mais o relacionamento.
Saiba como foi o caso
De acordo com o Ministério Público, os crimes de Edson Cândido apresentam requintes de crueldade. A perseguição dele exigiu recursos substanciais, como cães, helicópteros e viaturas policiais. Edson se entregou após intensa caçada policial, sendo preso em 7 de fevereiro de 2022.
A primeira vítima dele foi a ex-companheira Kauany Mayara Marques da Silva, de 19 anos na época, que foi vítima de feminicídio na noite de 29 de janeiro de 2022. Após o homicídio, Edson teria despejado a jovem em um bueiro, onde o corpo foi encontrado em estado de decomposição.
Pouco depois, segundo a promotoria, ele perseguiu e assassinou outra jovem, Jailma Muniz de Souza, de 18 anos, que foi estuprada e morta a golpes de arma branca enquanto levava comida para a família no Sítio Cueiras, no dia 31 de janeiro. O corpo de Jailma foi descoberto a poucos metros de sua residência.
A matéria completa foi apurada pela repórter Rafaella Pimentel e pode ser conferida na primeira edição do Jornal da Tribuna, comandado por Moab Augusto.
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