Homem suspeito de agredir mulheres é solto e volta a ameçar vítima
Mulheres vítimas de agressão vivem com medo
Escute essa reportagem

Um homem, duas histórias de agressão contra mulheres e desfecho não esperado. O agressor foi preso mas foi colocado em liberdade em seguida, enquanto às vítimas seguem suas vidas com medo.
O suspeito pelas agressões, Thiago de Lima Santos, de 25 anos, morava com uma vendedora de 22 anos. O relacionamento de 6 meses não ia bem, e ela decidiu pôr fim a vida em comum na noite da última quarta-feira (21). No dia seguinte, a mulher foi para o trabalho e só soube da notícia. A casa onde ela morava, em Olinda, foi incendiada pelo próprio Thiago, inconformado pela separação. O fogo destruiu parte da cozinha da residência e roupas do filho dela, uma criança de 2 anos de um outro relacionamento.
O homem chegou a ser preso, mas foi solto na audiência de custódia com uso de tornozeleira eletrônica. No mesmo dia em que foi liberado, ele procurou a ex-companheira para "conversar", apesar de a ex-companheira ter pedido a policia uma medida protetiva que proíbe a aproximação dele. Ouvida pelo repórter Carlos Simões, da TV Tribuna, a mulher se sente insegura com a situação. "Quem me garante que ele não vai me procurar novamente aqui no meu trabalho", indaga?
OUTRAS AGRESSÕES
O mais chocante é que este homem já tinha um histórico de agressão contra mulheres. Em um relacionamento anterior, de cerca de um ano, ele também não se conformou com a decisão da outra companheira de romper com a relação dos dois. Em entrevista à repórter Simone Santos, da TV Tribuna, a companheira anterior de Thiago contou que foi agredida e jogada sobre cacos de vidro, o que deixou cortes profundos na mulher. Segundo a vítima, ele chegou a trancá-la em um quarto para que ela não procurasse socorro médico e o denunciasse.
A deputada estadual e delegada da polícia civil, Gleide Ângelo, vê uma série de falhas na rede de proteção. "É por isso que as mulheres morrem. A gente está falando de um homem que botou fogo em uma casa e já tinha medida protetiva de um outro caso. Chegou a ser preso, mas foi solto. Agora a vítima não foi comunicada da soltura dele e nem devidamente informada sobre os seus direitos, de ter um aparelho que comunica diretamente a polícia, caso o agressor se aproxime da vítima". A segunda vítima de Thiago teve que ir ao Fórum para ter mais detalhes sobre o aparelho conhecido como "botão de pânico". "Muitas mulheres nem sabe onde é o Fórum, elas estão desassistidas, pra mim isso só reforça a impunidade dos agressores", diz Gleide Ângelo.
Comentários