Homem de 25 anos confessa que matou vigilante do Coco Bambu, no Recife
Para roubar uma arma, jovem mata profissional de vigilância com planejamento e frieza
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Nesta quarta-feira (16), um homem de 25 anos confessou ter assassinado o vigilante que atuava no Coco Bambu, localizado no bairro do Derby, região central do Recife. Airam do Nascimento, já detido na segunda-feira (15), possui um histórico criminal e respondia anteriormente por outro homicídio e havia sido até indiciado.
A delegada Cecília Delgado, da 9ª DPH, compartilhou as informações, destacando que o crime teria sido motivado pelo roubo da arma do vigilante. A pena por latrocínio no Brasil varia de 20 a 30 anos, além de multa, após o julgamento.
Ao ser localizado no bairro de Peixinhos, em Olinda, o indivíduo tentou escapar da polícia e acabou sendo baleado na perna durante a prisão. Os policiais afirmaram que ele ameaçou atirar enquanto fugia, justificando o uso da força.
A delegada ressaltou: "Ele era conhecido do DHPP porque já tinha praticado um homicídio e foi indiciado pela Polícia em 2019, e agora a gente tem conhecimento que ele praticou esse latrocínio."
O suspeito foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, onde será submetido a cirurgia no local atingido. Ele não corre risco de morte.
A vítima, Claudemir Batista da Silva, 38 anos, faleceu em 14 de dezembro do ano passado. Com 17 anos de serviço como vigilante, ele perdeu a vida durante o exercício da profissão no restaurante de luxo. Ao reagir a um assalto, foi alvejado com dois tiros, um no rosto e outro no peito.
O delegado Roberto, da 2ª DPH, Lobo falou com a repórter da TV Tribuna, Luciana Queiroz, sobre como foi o planejamento do crime. “A dinâmica do crime durou cerca de 40 minutos. Começou por volta das 2h20 da madrugada e o indivíduo fez toda uma pesquisa de qual seria a melhor forma tanto de abordar como de se evadir do local”, declarou.
O delegado continuou. “Ele para a motocicleta no local, depois retira ela e coloca num ponto que seria melhor para a fuga. Também estuda a forma de abordar Claudemir (...) O homem armado dá a voz para Claudemir se deitar. Ele, temendo pela sua vida, tenta arremessar um lixeiro e correr para se evadir. Ele não puxa a arma em nenhum momento para o homem, e aí esse homem efetua o disparo pelas costas de Claudemir e depois vai lá e dá mais um disparo na cabeça para executá-lo”, pontuou.
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