Ex-jogador do Sport é investigado por estupro de criança de 9 anos
Homem teria abusado uma criança que acompanhava o irmão durante treinamentos
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Um ex-jogador do Sport, do time consagrado de 1987, está sendo investigado pelo Departamento de Polícia e Proteção à Pessoa por supostamente estuprar uma menina de 9 anos. O crime teria ocorrido no dia 29 de abril e veio a público nesta terça-feira (28).
O ex-atleta, que também atuou em times como o Santa Cruz e o Fortaleza, é dono e professor de uma escolinha de futebol society no bairro da Caxangá, Zona Oeste do Recife.
O assunto foi abordado na primeira edição do Jornal da Tribuna, exibido a partir das 13h, no canal 4.1, de segunda a sexta-feira.
A mãe da vítima contou que o ex-atleta levou a menina para uma sala, colocou ela no colo e pegou em suas partes íntimas. O suspeito é um ex-goleiro do clube leonino. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil como estupro de vulnerável.
O nome da vítima e dos parentes não pode ser identificado em virtude do Estatuto da Criança e do Adolescente. Segundo a mãe, a menina acompanhava o irmão, que começou a frequentar a escolinha há cerca de dois meses.
A mãe acrescentou que o professor sempre oferecia, para a criança, bichos de pelúcia que guardava no depósito onde os uniformes de jogo eram guardados. No final de abril, a criança saiu da sala dele correndo com dois ursinhos nas mãos, não jantou, não dormiu com os ursinhos, como costumava fazer e foi dormir na cama da mãe. No dia seguinte, ela relatou o caso à mãe.
Dentro da sala de uniformes, havia uma porta “secreta” onde ficava o escritório do ex-atleta e uma cama. O homem teria levado a menina até a cama e a puxado para sentar no colo dele.
O ex-jogador não se posicionou por meio dos advogados. Veja mais informações em breve.
Estupro de vulnerável: o que é e como buscar ajuda
O estupro de vulnerável é um crime grave previsto no Código Penal Brasileiro, no Artigo 217-A, que caracteriza a prática de conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém que se encontra em situação de vulnerabilidade, independentemente de sua idade ou consentimento.
Situações de vulnerabilidade:
1- Menor de 14 anos: incapaz de consentir em qualquer ato sexual.
2 - Pessoa que, por enfermidade mental, deficiência mental, embriaguez ou outro estado de inconsciência ou inconsciência, não tem discernimento para consentir no ato sexual.
3 - Pessoa privada de liberdade ou que, em razão de outro fato, não pode oferecer resistência.
Importante:
- O consentimento da vítima é irrelevante para a caracterização do crime.
- O crime também se configura quando há constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso.
Penalidade:
Reclusão de 8 a 15 anos.
Pena aumentada de 1 a 5 anos se o crime resultar em lesão corporal grave.
Pena aumentada de 12 a 30 anos se o crime resultar em morte.
Recursos para vítimas de abuso:
Ligue 180: Central de Atendimento à Mulher, disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. Oferece escuta qualificada, orientação e encaminhamento para os serviços de assistência social, saúde, segurança e justiça.
Disque 100: Central de Atendimento à Criança e ao Adolescente, funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Oferece escuta qualificada, orientação e encaminhamento para os serviços de proteção à criança e ao adolescente.
Delegacia de Polícia: denuncie o crime pessoalmente.
Ministério Público: busque orientação jurídica e acompanhamento na ação penal.
Defensoria Pública: garanta assistência jurídica gratuita para vítimas de violência sexual.
Serviços de Saúde: obtenha atendimento médico e psicológico especializado.
ONGs: diversas organizações da sociedade civil oferecem apoio e acompanhamento às vítimas de violência sexual.
No Recife, você pode contar com:
Centro de Referência da Mulher: Rua do Hospício, 675 - Santo Antônio. Telefone: (81) 3184-8369.
Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher (Nemu): Rua da Aurora, 125 - Boa Vista. Telefone: (81) 3184-8380.
Hospital Barão de Lucena: Rua Alfredo Lisboa, 50 - Santo Amaro. Telefone: (81) 3355-6100.
Associação Pernambucana de Mulheres (APM): Rua da Conceição, 246 - Recife. Telefone: (81) 3224-2744.
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